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Decoração de Natal: Crochê de Inconfidentes enfeita avenida de Belo Horizonte

Magson Gomes / 17 dezembro 2020

Pelo menos, 12 árvores de avenida da capital mineira receberam a arte produzida por artesãos de Inconfidentes, numa ação desenvolvida pela Cemig.

Tronco de árvore revestido com crochê. Foto: Cemig/Divulgação

A beleza e a arte do crochê de Inconfidentes, no Sul de Minas, enfeitam o Natal de Belo Horizonte. Árvores de uma avenida na região centro-sul da capital foram ornamentadas com o tear dos artesãos sul-mineiros.

A decoração especial foi realizada pela Cemig, numa forma de falar de sustentabilidade e valorizar a cultura mineira. Ao todo, 12 árvores receberam a arte dos moradores de Inconfidentes, que tem tradição na produção e comércio de roupas e acessórios do tecido.

Em seis árvores, onde predomina a cor verde, foram utilizadas 28 peças de crochê, entre elas, toalhas, forros de bandeja, caminhos de mesa e sousplat. Cerca de 400 sousplat de cores variadas recobrem outras seis árvores. As bolas foram envelopadas com crochê, complementando o encanto da decoração. Os trabalhos iniciaram em novembro deste ano e toda a instalação ficou pronta em 19 dias.

O crochê de Inconfidentes também fez parte da decoração natalina na sede da empresa, complementando a beleza das peças do presépio feito por artesãos do Vale do Jequitinhonha.

Crochê de Inconfidentes no Natal de BH. Fotos: Cemig/Divulgação

Capital Nacional e Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais

O jeitinho habilidoso de fazer o Crochê de Inconfidentes é reconhecido como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais, e a cidade é conhecida como a Capital Nacional do Crochê.

O Crochê chegou em Inconfidentes com os imigrantes. Enquanto os homens trabalhavam na lavoura, as mulheres faziam crochê em casa. Com o passar do tempo, o crochê passou a ser uma nova fonte de renda para as famílias e acabou se tornando negócio.

Hoje, Inconfidentes tem a indústria e o comércio fortalecido pelas empresas deste ramo, com a fabricação de linhas e a venda por atacado e varejo das peças feitas à mão por muitas crocheteiras, que usam tanto a linha de seda, quando a de barbante.

A indústria têxtil é a principal atividade econômica do município. Com pouco mais de 7 mil habitantes, cerca de 80% das residências têm alguma pessoa que faz crochê, segundo a prefeitura.

Há as grandes empresas que trabalham com vendas no atacado. Tem ainda as famílias que trabalham em casa ou em suas próprias lojas produzidos peças em tear, bordados e o artesanato em crochê.

Crochê de Inconfidentes no decora o presépio na sede da Cemig. Foto: Cemig/Divulgação

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