Pouso Alegre

Pedreiro atropelado é sepultado nesta sexta-feira; família pede justiça

Motoqueiro empinou moto e atropelou João Maria Lopes da Silva, que morreu em Pouso Alegre. Homem que ajudou motoqueiro a fugir foi preso.

Nayara Andery / 26 abril 2024

João Maria Lopes da Silva. Foto cedida pela família.

João Maria Lopes da Silva, de 60 anos, será enterrado às 13h30 desta sexta-feira (26/4), no Cemitério Jardim do Céu, em Pouso Alegre. Ele morreu após ser atropelado por um motoqueiro, de 20 anos, que empinou moto no São Geraldo.

A família conversou com o Terra do Mandu e quer justiça. “Esse motoqueiro já atropelou duas pessoas antes, ao empinar moto. Ele chegou a ser preso e foi solto. Queremos justiça, ele tem que pagar por esse crime”, diz o genro da vítima, Fred Costa.

O acidente aconteceu na tarde desta quinta-feira (25/4), na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios. Imagens de câmeras de segurança mostram quando o motoqueiro empina a moto e passa entre as faixas de trânsito.

Ele atropela João que atravessava a rua. O homem sai com a moto, retorna, vê o que aconteceu e depois foge na garupa de outra moto. Pessoas prestaram socorro. A família quer a prisão do motoqueiro e reforço no policiamento.

O idoso deixou cinco filhos e dois netos. O genro dele, Fred Costa, afirma que “esse motoqueiro já atropelou duas pessoas antes, ao empinar moto. Ele chegou a ser preso e foi solto. Queremos justiça, ele tem que pagar por esse crime”.

A Polícia Militar registrou a ocorrência e conduziu para a delegacia o homem, de 28 anos, que ajudou na fuga. Ele prestou depoimento nesta sexta-feira e foi liberado após assinar um Termo Cirscuntanciado de Ocorrência. O motoqueiro que atropelou João foi identificado pela polícia, mas continua foragido.

Quem é a vítima fatal

João era pedreiro e deixa cinco filhos e dois netos. Ele era conhecido como Joaquim. O genro e as filhas contam que ele era muito querido, trabalhou por toda a vida, mas há cerca de um ano teve um acidente de trabalho.

“Ele sempre foi um dos melhores pedreiros. Há cerca de um ano caiu trabalhando, de uma altura de cinco metros e ficou internado. Ele estava andando devagar por uma sequela desse acidente”, lembra o genro.

As filhas contaram que mesmo após o acidente ele sempre foi ativo e lutava para viver. Na semana passada ele se recuperava da dengue. “Nosso pai não adoeceu nos últimos anos, tinha boa saúde e lutou para viver até depois do atropelamento.”

Elas se referiram a ele ter sofrido parada cardiorrespiratória após o atropelamento e ter ‘voltado’, após equipe do Samu fazer três tentativas de ressuscitação cardiopulmonar. Ele teve nova parada cardiorrespiratória e faleceu antes de dar entrada no hospital.

Pedido de justiça

A família quer que o motoqueiro seja punido pela justiça. Fred acrescenta que “esse motoqueiro tem agravante, pois fugiu sem prestar socorro. E já cometeu esse crime antes, já sabemos que ele tem passagens policiais por atropelamento ao empinar moto. Ele tem que pagar pelo que fez, não pode ficar solto.”

Entre os pedidos da família está a melhoria da fiscalização no trânsito. Eles pedem que a Polícia Militar volte a realizar a operação que ficou conhecida como Randandan, para combater crimes relacionados às motos.

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