Pouso Alegre

Motoboy e dono de mototáxi são soltos em Pouso Alegre

Magson Gomes / 08 fevereiro 2019

A justiça autorizou a soltura dos dois que vão responder em liberdade por homicídio culposo pela morte de Lohana Nayara, de 20 anos. O acidente foi na última segunda-feira, quando a jovem estava na garupa do motoboy, que segundo a PM, estava embriago e sem CNH. [notícia atualizada às 17:02 de 08/02]

Os dois deixaram o presídio na tarde desta sexta-feira – Foto: Terra do Mandu

A reportagem do Terra do Mandu confirmou nesta sexta-feira (08) que o motoboy Jorge José Marinho Júnior, de 20 anos, e o dono do mototáxi, Marcelo Gonçalves, de 40 anos, deixaram o presídio de Pouso Alegre hoje à tarde, usando tornozeleira eletrônica. Os dois vão responder ao processo em liberdade pelo acidente e morte da jovem Lohana Nayara dos Santos, de 20 anos.

O acidente ocorreu na segunda-feira (04), no bairro São João. A moça estava na garupa da moto que era pilotada por Jorge, quando se chocaram contra um caminhão guincho. Segundo a Polícia Militar, o motoboy não tinha habilitação e estaria embriagado. Ele foi preso em flagrante. Câmeras de segurança de uma loja registraram o momento do acidente. O dono do mototáxi foi detido no dia seguindo por coautoria no acidente, já que Jorge era seu funcionário e pilotava em situação irregular.

O advogado que representa os dois acusados entrou com um pedido de soltura, alegando que ambos podem responder ao processo em liberdade. O alvará de soltura foi concedido na quarta-feira, mas o juiz exigiu que eles usassem a tornozeleira eletrônica até passar pela audiência de instrução, sem data marcada.  Tudo para garantir que eles não saiam de Pouso Alegre.

De acordo com o advogado Vianey Stenio Silva, ambos não têm antecedentes criminais, possuem residência e emprego fixo. Ainda segundo Vianey, o motoboy Jorge garante que não havia bebido naquele dia e afirma que o etilômetro usado pela PM estaria com defeito. O advogado disse à nossa reportagem que o equipamento que acusou que seu cliente havia ingerido bebida alcoólica, não funcionou na sequência para averiguar se o motorista do caminhão guincho também havia bebido.

Ainda de acordo com o advogado, o dono do mototáxi deve ser excluído da responsabilidade no acidente porque o motoboy já tinha cumprido sua jornada de trabalho na empresa, de 07h às 19h, quando foi a vítima teria ligado direto no celular do moto-taxista e pedido a corrida.

“Ocorreu a distorção dos fatos e a questão da primariedade; não tinham antecedentes, residência fixa, trabalho fixo dos dois. Nesse sentido que o juiz liberou para eles responderem o processo em liberdade”, afirma o advogado que lamenta a morte da jovem.

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