Numa reunião com dois funcionários da Caixa nesta segunda-feira, as famílias foram informadas que até o dia 31 de maio as casas serão entregues. A espera já passa de nove meses.

Algumas mulheres saíram chorando da reunião realizada nesta segunda-feira, 17, na creche em construção no conjunto habitacional Jardim Redentor. Elas fazem parte das famílias contempladas com casas no residencial e aguardam, desde o ano passado, a entrega dos imóveis.

Como houve a informação que representantes da Caixa, instituição responsável por gerir o contrato de construção do conjunto habitacional, estariam no bairro hoje à tarde, algumas pessoas já pensaram que seria para a entrega das chaves dos imóveis.

Mas não foi. Várias famílias se reuniram por mais de uma hora com os dois representantes da Caixa e apenas tiveram a informação de que até o dia 31 de maio as chaves das casas serão entregues.

Dona Valéria Barreto diz que espera que a casa dela seja entregue logo. Ela paga R$ 770 de aluguel e está difícil. Vão morar na casa ela, três filhas e uma neta. “Estou esperando muito que saia logo. A gente passa muito aperto, muita dificuldade. Tá difícil. Tá na luta”

Estefani de Almeida foi na reunião, mas não sabia direito qual o motivo do encontro. Ela achou que receberia as chaves. Dona Calcilda Ferreira diz que é muita curiosidade para morar na casa própria. “Já era para ter pegado a chave e não pegou. Agora esperar mais, até dia 31 de maio”.

Família montaram barracos em frente às casas

Cansados de esperar a entrega dos imóveis do conjunto habitacional Jardim Redentor, algumas famílias contempladas com um imóvel decidiram montar barraca em frente das casas.

Os contemplados alegam que desde o ano passado as casas estão prontas, mas a Caixa Econômica Federal, responsável pelo contrato de construção, alega que as famílias só poderão receber as chaves após toda infraestrutura do conjunto estiver pronta.

Elenilde de Fátima Gomes montou o barraco bem em frente a casa que vai morar. Enquanto não recebe as chaves, dorme ali mesmo, debaixo da lona, em cima de tábuas com os três filhos. “As casas estão prontas há mais de ano. Não tem nada que mexer dentro da estrutura que a gente vai morar. As obras do lado de fora são detalhes que não impedem de a gente morar aqui. A população cansou. A única forma que a gente encontrou foi tentar sensibilizar os responsáveis”, explica Elenilde.

Os representantes da Caixa que foram no conjunto habitacional nesta segunda-feira não gravaram entrevista. Mas confirmaram a data informada aos moradores para a entrega dos imóveis.