Família é retirada de área de risco em Pouso Alegre e levada para o Manduzão

Magson Gomes / 04 fevereiro 2017

Seis pessoas moravam numa casa à beira do barranco. O Imóvel estava interditado há 3 anos. A família invadiu o local há quase um ano, diz a Defesa Civil.

O pedreiro Anderson Campos Pimenta, a esposa Franciele e quatro crianças tiveram que deixar a casa em que estavam morando há nove meses, no bairro jardim São João. O imóvel fica à rua Bacurau, à beira de um barranco e já estava condenada há três anos pela Defesa Civil.

Ficaram para trás apenas os dois cachorros da família. Anderson iria voltar para buscá-los ainda nesse sábado.

A família saiu e deixou dois cachorros vigiando o que ficou para trás

Nessa sexta-feira, 03, o Corpo de Bombeiros e a defesa Civil estiveram no imóvel e pediram que a família deixasse o local. Como não há casas de parentes onde caberia a família completa, Anderson, Franciele e as crianças foram levadas pela assistência social para o estádio Manduzão. “Mas isso é coisa provisória. A gente vai ficar por 15 dias até eles [prefeitura] verem o que pode fazer” diz Anderson.

Anderson diz que estava morando na casa porque foi cedida pelo dono. “A casa estava toda quebrada. Aí botei porta, janela. Retirei entulho de lá de dentro, limpei e fiquei com minha família, até ontem”.

O pedreiro lamenta que está muito difícil conseguir trabalho, só alguns ‘bicos’. Ele diz ainda que sabe que aquela residência não era o melhor lugar para morar. “Mas era melhor que ficar debaixo de uma ponte”.

O superintendente de Defesa Social de Pouso Alegre, Aylton de Souza Alves, conta que a Defesa Civil Municipal recebeu uma comunicação do Corpo de Bombeiros avisando que o local era de risco e que a família fosse retirada. “Essa residência já estava há três anos interditada e a família invadiu o local por quase um ano”, explica o superintendente.

Anderson esperando para se instalar na sala da administração do estádio

A prefeitura não possui estrutura para receber família nessas condições, por isso, as seis pessoas foram levadas para o Manduzão. “Provisoriamente até nós podermos arrumar um local adequado, mais condizente para acolher essa família. Mas, aqui eles estão mais seguros do que onde estavam morando”, completa Aylton Alves.

Nesse período, a família ficará no espaço onde funciona a administração do estádio. Há duas salas amplas, cozinha e dois banheiros. Também poderá utilizar os chuveiros do vestiário para os banhos quentes.

Assistentes sociais da prefeitura também estão acompanhando o caso.



Mais Lidas