Câmara de Pouso Alegre arquiva pedido de Rafael Simões para cassar André Prado

Magson Gomes / 07 novembro 2018

O prefeito acusou o vereador de quebra de decoro parlamentar depois que Prado fez denúncias na tribuna de supostas irregularidades cometidas por Simões na compra de medicamentos do HCSL para uso particular.

ASSISTA ENTREVISTA COM O RELATOR DA COMISSÃO QUE ANALISOU A DENÚNCIA E COM O VEREADOR DENUNCIADO.

A Câmara Municipal de Pouso Alegre, Sul de Minas, arquivou a denúncia que pedia a cassação do mandato do vereador André Prado (PV). O relatório feito pela Comissão Processante foi lido e votado durante a sessão ordinária desta terça-feira (06). Todos os parlamentares foram favoráveis ao documento que pediu o arquivamento do processo.

A denúncia tinha sido feita pelo prefeito Rafael Simões (PSDB), que acusava Prado de quebra de decoro parlamentar durante discurso na tribuna da Casa, quando o vereador falou de supostos desvios de medicamentos do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, cometidos por Simões. O prefeito acusou o vereador de atos de injúria e difamação. A compra de materiais e medicamentos do HCSL feita por Simões é ilegal, segundo sindicância interna da FUVS. O caso está sendo investigado pela justiça federal por envolver recursos do SUS.

O vereador Edson Donizeti (PSDB), relator da comissão que analisou o pedido de cassação contra André Prado, disse que a fala do colega não caracterizou quebra de decoro parlamentar.

“Nós recomendamos o arquivamento porque, aquelas manifestações preferidas na tribuna, ato subsequente, fundamentaram ações judiciais, civis e criminais que tramitam hoje na justiça federal. Demonstrando então, que o vereador não proferiu calúnias”, diz o relator que ainda ressaltou que esse é o dever do legislador, de investigar e apresentar fatos que possam levar a um ato de corrupção ou malfeito do executivo.

O vereador André Prado afirma que já esperava pelo arquivamento da denúncia contra ele. “Pelo simples fato de não ter culpa, de absolutamente nada, do que estavam me acusando. Eu ainda acho que nem deveria ter passado por esse processo. Isso aí que me incomodou, me fez duvidar do que se passa na cabeça de meus pares. Porque, eu de fato, não quebrei decoro nenhum. E o pedido não foi feito nem pela Mesa Diretora, nem por um dos meus pares. Foi feito pelo prefeito que se sentiu incomodado com minhas denúncias que têm se mostrado verdadeiras”, afirma Prado.

A Comissão Processante foi instaurada em setembro. Formaram a Comissão os vereadores Dr. Edson (PSDB) – Relator, Rodrigo Modesto (PTB) – Secretário e Wilson Tadeu Lopes (PV) – Presidente.


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