Foto: PMPA

O dia 18 de maio é o Dia Nacional da Luta Antimanicomial que reforça as grandes lutas e conquistas do Movimento Antimanicomial e busca avançar as discussões sobre o assunto. Em alusão à data, a Prefeitura Municipal de Pouso Alegre promoveu na manhã desta quarta-feira uma passeata na região da praça Senador José Bento.

A ação aconteceu por meio da Secretaria Municipal de Saúde e reuniu pacientes, familiares, profissionais de saúde e estudantes de psicologia e medicina no Centro. De acordo com a coordenadora do no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Aldeia Viramundo, Amanda Ribeiro de Souza, o movimento surgiu a partir da reforma psiquiátrica.

“Nós nos reunimos para reforçar o esse movimento que surgiu a partir da reforma psiquiátrica e trouxe um novo modelo de tratamento para pessoas com sofrimento mental grave, persistente e para pessoas com o uso abusivo de substâncias psicoativas, deixando para trás um passado de violações de direitos humanos e abusos contra pacientes que viveram nos antigos manicômios. Com essas mudanças geraram uma rede de serviços para o tratamento no território que são os CAPS que oferecem tratamento biopsicossocial e em liberdade”, explica a coordenadora.

O paciente Benedito Celso, de 64 anos, é atendido no CAPS em Pouso Alegre desde 2017; para ele o novo modelo de assistência à saúde mental tem proporcionado grandes melhorias.

“É preciso dar os parabéns a quem organizou esse evento e conseguiu mobilizar várias pessoas para o movimento que reforça que nós não podemos voltar aos manicômios jamais! Eu sou paciente do CAPS e vejo a liberdade como sou tratado lá. Eu já tive experiência de ser internado em um hospital psiquiátrico e não vi lá o mesmo tratamento que tenho no CAPS. A liberdade é muito importante para nós que somos pacientes e lutamos juntos por melhorias no tratamento e nunca termos retrocessos”, pontua.

Foto: PMPA

Luta antiga

A luta pela democratização da saúde mental se desenvolveu por décadas. O Movimento da Reforma Psiquiátrica teve início ainda na década de 1970, juntamente com o processo de redemocratização e combate ao regime militar.

“Uma das grandes conquistas do movimento aconteceu em 2001, com a lei n° 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas que possuem transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial de saúde mental. A partir disso, como resultado dessa lei, há muitas portarias que regulamentam a criação de serviços e garantem a atenção e inclusão social das pessoas com transtornos mentais”, destaca a Secretária Municipal de Saúde, Silvia Regina Pereira da Silva.

Em Pouso Alegre, nós tratamos a saúde mental com muita atenção e integrada a diversos profissionais que passam por conferências e reuniões junto com os pacientes para que todos tenham espaço e voz o que leva ao melhor atendimento. Recentemente, tivemos a inauguração do CAPS II no bairro Jardim Canadá que atende os pacientes em um belo espaço, com liberdade e conforto para eles e para os profissionais que assim desenvolvem um melhor trabalho e o paciente fica mais feliz”, completa Silvia Regina.

Foto: PMPA

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