Pouso Alegre

Advogada de Mary Hellen explica o que muda com prisão de mulher que seria a aliciadora

Defesa da jovem de Pouso Alegre irá reforçar pedido de extradição para Mary Hellen responder no Brasil. Veja entrevista de Kaelly Cavoli ao Mandu News

Magson Gomes / 06 maio 2022

A advogada que trabalha na defesa da jovem de Pouso Alegre presa na Tailândia por suspeita de tráfico internacional de drogas falou ao Mandu News, o jornal diário do Terra do Mandu. Kaely Cavoli explicou o que muda na situação de Mary Hellen após a prisão da mulher, de 32 anos, que seria a aliciadora dos brasileiros detidos ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, em fevereiro deste ano. A suposta aliciadora foi presa nesta quinta-feira (05/05), durante operação realizada pela Polícia Federal, em Curitiba.

Assista a entrevista da advogada Kaelly Cavoli:

O caso da pouso-alegrense Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, ganha novos capítulos nesta semana. E dessa vez, a novidade pode ajudar a jovem. Imagens de câmeras de segurança do aeroporto de Curitiba, capital do Paraná, flagraram Mary Hellen caminhando pelo local minutos antes de embarcar para o país asiático. VEJA ACIMA!

Nas imagens é possível ver também uma mulher, que segundo a Polícia Federal, pode ser a aliciadora que foi presa nesta quinta-feira (05/05). Além deles, as câmeras mostram ainda o outro brasileiro que também foi preso junto com a jovem de Pouso Alegre ao desembarcarem em no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, no dia 13 de fevereiro.

Operação ‘ONG BAK’ prende aliciadora

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (05/05), em Curitiba (PR), uma mulher apontada como aliciadora dos brasileiros presos na Tailândia por tráfico internacional de drogas. E a mulher que aparece nas imagens pode ser a mesma suspeita presa hoje, o que será investigado pela PF.

Nesta quinta, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Também foram autorizadas as quebras dos sigilos bancários e telefônicos dos investigados.

Além disso, a Polícia Federal informou que examina também a possibilidade de requerer à Justiça Federal a extradição dos presos na Tailândia, para que respondam pelos crimes praticados, no Brasil. Eles estão sendo investigados por crimes de tráfico internacional de drogas e associação criminosa para o tráfico; as penas somadas podem chegar a 25 anos de reclusão.

Presa há quase três meses

Mary Hellen foi detida ao chegar no aeroporto da capital tailandesa, em 13 de fevereiro. Ela estava acompanhada com um rapaz, de 27 anos, que é paranaense. Os dois embarcaram juntos no aeroporto de Curitiba.

Conforme comunicados das autoridades do país asiático, o sistema de raio-x mostrou que nas três malas usadas pelo casal havia cerca de nove quilos de cocaína. Um terceiro brasileiro, de 24 anos, também foi preso no mesmo dia em Bangkok, com mais seis quilos de cocaína. Ele estava em outro voo, que também tinha partido de Curitiba.

A investigação

As investigações da Polícia Federal tiveram início logo após a prisão dos brasileiros em Bangkok e apontaram que os dois homens já haviam viajado para o exterior, antes do período da pandemia de Covid-19, em situações que denotam que estariam transportando drogas.

A reportagem do Terra do Mandu conversou com a advogada Kaelly Cavoli, que representa a família de Mary Hellen. A advogada destaca que a jovem ainda não é investigada pela Polícia Federal.

A Polícia Federal examina, a possibilidade de requerer à Justiça Federal a extradição dos presos na Tailândia, para que respondam pelos crimes praticados no Brasil. A advogada de Mary Hellen reforça esse pedido para que a jovem volte ao Brasil.

Possíveis atenuantes para Mary Hellen

A advogada destaca o fato de que a jovem pouso-alegrense nunca tinha saído do Brasil. Mary Hellen não tinha envolvimento anteriores com o grupo que está sendo investigado pela Polícia Federal. A mineira também não tinha condições financeiras para fazer uma viagem internacional.

‘Então, tudo leva a crer que ela foi pescada’ pelos aliciadores. Kaelly Cavoli ainda afirma que apenas Mary Hellen poderá dizer se sabia que estava transportando drogas na bagagem.

Primeira chamada de vídeo e morte da mãe

No último dia 26 de abril, Mary Hellen fez a primeira vídeo chamada do presídio em Bangkok com a irmã Mariana Coelho, que está em Pouso Alegre. Desde que foi presa, a jovem tinha conseguido enviar apenas uma carta, escrita por terceiros.

A mãe de Mary Hellen, Thelma Coelho, faleceu no dia 13 de abril, dois meses após a prisão da filha. A família conseguiu avisar a jovem apenas cinco dias após, devido às dificuldades de comunicação com o consulado brasileiro em Bangkok.

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