A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a morte da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos. De acordo com os laudos da perícia e os exames toxicológicos, a investigação concluiu que Marilda Matias cometeu suicídio. O corpo de Marilda foi encontrado, pelo marido, no porta-malas do carro da vítima, que estava estacionado na garagem da casa deles, no bairro Fátima 2, em Pouso Alegre, Sul de Minas. O fato foi no domingo 22 de agosto de 2021, há quase sete meses.
A psicóloga, que tinha 37 anos, estava como as mãos e os pés amarrados. Porém, antes mesmo da conclusão do inquérito, a Polícia Civil já dizia que a vítima poderia ter se amarrado sozinha, pelo tipo de nó que havia sido dado. Não havia sinais de violência no corpo da psicóloga e nada tinha sido levado da casa.
Marilda Matias tinha 37 anos e trabalhava em Careaçu. Foto: reprodução Instagram
As informações da conclusão do inquérito foram dadas em coletiva de imprensa da sede da delegacia nesta quarta-feira (16/02). VEJA VÍDEO NA ÍNTEGRA ACIMA! Você acompanha os detalhes mais tarde aqui no Terra do Mandu, nas nossas redes sociais e no Mandu News, às 18h.
Possibilidade de suicídio já havia sido adiantada pelo advogado da família
Em setembro do ano passado, pouco mais de um mês após a morte da psicóloga, o advogado da família disse ao Terra do Mandu não acreditar que ela tenha sido vítima de homicídio. A afirmação foi dada após ele ter acesso ao inquérito policial. Fábio Costa afirmou que a suspeita é que a psicóloga tenha tirado a própria vida.
“No laudo preliminar consta algumas escoriações no braço e no tornozelo, mas isso é em virtude das amarras. Nada muito complexo, que ela mesmo não pudesse ter feito sozinha. Mas o corpo não tinha sinais de violência. Não tem nada que indica que esse corpo tenha sido manipulado”, afirmou o advogado da família naquela oportunidade.
Relembre o caso
A psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro no dia 22 de agosto, em Pouso Alegre. O veículo estava estacionado na garagem da casa Quem encontrou o corpo e chamou a polícia foi o marido da vítima, um médico veterinário de 62 anos.
De acordo com a Polícia Civil, Marilda estava como os pés e as mãos amarradas, com roupa e capacete de ciclismo, e sem sinais de violência. Na casa onde ela morava também não havia indícios de arrombamento.
O corpo da psicóloga foi enterrado em Bauru (SP), cidade natal da vítima e onde mora a família.
Depoimento do marido
Em depoimento prestado à polícia, o marido da vítima disse que estava trabalhando no dia 21 de agosto, em uma fazenda em Careaçu, quando recebeu uma mensagem da esposa dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar até Borda da Mata.
Mais tarde, quando chegou em casa, ele não encontrou a esposa e achou que ela ainda não teria chegado do passeio. Pouco tempo depois, como a esposa não apareceu, ele começou a procurá-la em hospitais e delegacia, mas não teve notícias.
O homem ainda relatou que ficou a noite preocupado, já que os pertences da vítima estavam em casa, como celular, bolsa e outros objetos. Na manhã do dia seguinte, o marido resolveu abrir o carro da esposa, que estava na garagem de casa, e encontrou Marilda sem vida no porta-malas.
No dia 29 de agosto, o delegado regional, Renato Gavião afirmou que nenhuma hipótese foi descartada. “A vítima foi localizada sem nenhum sinal de violência, nenhum sinal de arranhão, nenhum sinal de injeção ou qualquer coisa do tipo. Então, hoje a Polícia Civil trabalha com todas as hipóteses. Não podemos falar em crime de homicídio, não podemos falar em suicídio até a conclusão da investigação,” disse o delegado.
REPORTAGEM FEITA NO LOCAL NO DIA QUE O CORPO FOI ENCONTRADO: