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Prefeitos discutem pandemia e a crise no transporte coletivo

O prefeito de Pouso Alegre recebeu os colegas prefeitos de Poços de Caldas, Varginha e Itajubá. Eles são contra suspensão de atividades do comércio.

Magson Gomes / 10 junho 2021

Encontro foi na sede da prefeitura de Pouso Alegre. Foto: Ascom prefeitura

Prefeitos de cidades polo participaram de uma reunião na prefeitura de Pouso Alegre para discutir os problemas comuns relacionados à pandemia da Covid-19, como a escassez de profissionais para abertura de novos leitos de UTI, e a crise do transporte público, com empresas do setor ameaçando paralisar o serviço devido aos prejuízos pela queda no número de passageiros.

O encontro aconteceu ontem (09) e foi intermediado pelo prefeito de Pouso Alegre Rafael Simões (DEM). Estiveram presentes os prefeitos de Poços de Caldas, Sérgio Azevedo (PSDB), de Itajubá, Christian Gonçalves (DEM), e de Varginha, Verdi Lúcio Melo (AVANTE).

No cenário do atendimento hospitalar, as quatro cidades vivem situações próximas com a necessidade de ofertar mais vagas de UTI para o atendimento de moradores locais e de municípios vizinhos que buscam tratamento nas cidades polo.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Pouso Alegre, durante a reunião, os prefeitos conversaram longamente sobre o atual momento da pandemia, considerando, principalmente, a falta de profissionais qualificados para ampliação de novos leitos de UTI.

Medidas restritivas

Ainda de segundo a assessoria, os prefeitos concordam que a suspensão seletiva de algumas atividades do comércio e serviços não resolve a questão da contaminação pelo vírus. “Mas agrava a crise econômica ora vivida, gerando o fechamento de pequenas e microempresas, com o consequente aumento do desemprego”, informa o texto divulgado após a reunião.

“O modo mais eficiente de se combater a pandemia é a vacinação e a adoção pela sociedade das medidas sanitárias, como o uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos”, diz.

Crise do transporte coletivo

No fim do mês passado, a Expresso Planalto, concessionária do transporte coletivo de pouso alegre, divulgou um comunicado relatando prejuízos financeiros causadas pela pandemia, devido a redução do número de passageiros e alto nos custos operacionais. A empresa informou que poderá paralisar a prestação do serviço durante a pandemia.

Os impactos da pandemia no serviço de transporte coletivo, que é de responsabilidade dos municípios e se desenvolve por concessão, também ocorre nas demais cidades da região. Os prefeitos disseram que as empresas que prestam os serviços aos municípios pressionam pelo aumento ‘substancial’ das tarifas, sob pena de paralização das atividades.

“Entretanto, os prefeitos também foram unânimes no sentido de que o usuário não seja onerado com o aumento das tarifas. Nessa oportunidade, o Prefeito Sergio Azevedo, de Poços de Caldas, informou que já adotou, entre outras medidas, o sistema de subsidio para a empresa que faz o transporte coletivo urbano em sua cidade para manter o valor das passagens”, diz o texto.

O próximo passo na discussão sobre a crise do transporte coletivo urbano será convidar os empresários do setor para uma reunião e ‘buscarem em conjunto uma solução que permita a continuidade dos serviços sem onerar os usuários’.

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