Terra do Mandu – Notícias de Pouso Alegre e região

Prefeito Rafael Simões grava vídeo para explicar extinção de cargos na prefeitura

Deixam de existir os cargos preenchidos através de concurso público que já estão ou ficarem vagos de assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional. A prefeitura pretende contratar mão de obra terceirizada, aumentando o número de pessoas nessas funções. Houve manifestações contrárias, mas a proposta foi aprovada por 9 a 3.

O prefeito Rafael Simões (PSDB) gravou um vídeo, na companhia do vereador Bruno Dias (PR), líder do Executivo na Câmara, para fazer esclarecimentos sobre o projeto de lei nº 1062/2020, que extingue sete cargos da administração e autoriza a execução indireta por meio de contratação.

A proposta foi aprovada pelos vereadores durante sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira (29).  Os cargos que ficam extintos do quadro de servidores efetivos (por concurso público) são: Assistente Social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional.

Os postos que já estão vagos ficam extintos, no momento são 21, e os posto que estão ocupados por servidores concursados passam a serem extintos na medida que esses servidores vão se aposentando. No lugar deles o município pretende contratar mão de obra terceirizada. A proposta foi aprovada por 9 votos a 3.

Diante da repercussão, o prefeito gravou um vídeo e publicou em sua rede sociais para comentar o assunto.

“Ao contrário do que está sendo divulgado em redes sociais, os serviços não deixarão de ser prestados. Tampouco haverá demissões”, afirma Simões no vídeo.

O prefeito pede para o vereador explicar os detalhes da proposta aprovada pelo Legislativo. Ao lado do prefeito, Bruno Dias explica que “hoje são 21 cargos vagos que poderiam ser providos por concurso, porém a demanda é de 248 profissionais, cuja contratação não se daria por concurso”.

Ainda de acordo com as explicações, a opção de contratação indireta, via terceirização, vai gerar economia para o município, além de um melhor atendimento para a população.

“É uma medida que reflete os anseios dos pouso-alegrenses, que pedem e merecem melhorias no serviço público”, afirma.

VEJA O VÍDEO:

O OUTRO LADO

O projeto foi criticado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISEMPA) e vereadores da oposição. Eles argumentam que não haverá economia de recursos e que a prestação dos serviços será prejudicado na sua qualidade, sem a continuidade dos profissionais.

Servidores públicos dos cargos que estão sendo extintos acompanharam a sessão extraordinária. Eles levaram placas e cartazes contrários a aprovação da proposta e se manifestaram no auditório da Câmara.

O sindicato dos psicólogos de Minas Gerais também se manifestou contra o projeto e emitiu uma nota de repúdio contra à Prefeitura de Pouso Alegre.

Segundo o comunicado, “retirar de seu quadro de efetivos o cargo de psicólogos e contratar por meio de empresas, declarando abertamente a redução salarial e o aumento da jornada, além de ilegal e imoral, é declarar a precarização dos vínculos de trabalho do profissional. Sendo completamente inaceitável tal postura”, afirma a nota do Sindicato dos Psicólogos do Estado de Minas Gerais e do
Conselho Regional de Psicologia do Estado de Minas Gerais, publicado nas suas redes sociais.