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Câmara instaura oficialmente CPI sobre possível violação de direitos humanos em Pouso Alegre

Câmara instaura oficialmente CPI sobre possível violação de direitos humanos em Pouso Alegre

Imagem mostra vereadores que farão parte da comissão da CPI / Foto: Câmara Municipal

Está instaurada oficialmente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar possíveis violações de direitos humanos em Pouso Alegre, no Sul de Minas. A informação foi confirmada pela Câmara, em nota enviada à imprensa na tarde desta segunda-feira (4/8).

Segundo a Câmara, a comissão foi instaurada após uma reunião. O pedido de abertura da CPI foi feito pelos vereadores Fred Coutinho, Israel Russo, Leandro Morais, Lívia Macedo e Delegado Renato Gavião no dia 21 de julho deste ano.

Conforme a Resolução da Mesa Diretora nº 18/2025, a CPI investigará “possíveis indícios de irregularidades que envolveram a remoção forçada e o deslocamento irregular de pessoas em situação de rua, a exclusão e supressão de registros socioassistenciais e a eventual utilização indevida da estrutura administrativa municipal durante o período eleitoral de 2024”.

Na reunião desta segunda-feira, foi definido que o vereador Leandro Morais será o presidente da comissão, Lívia Macedo será a relatora e Fred Coutinho será o secretário. Também compõem a CPI os vereadores Davi Andrade e Miguel Tomatinho do Hospital.

Segundo o Legislativo, foi definido ainda que a comissão se reunirá todas as segundas-feiras às 15h no Plenário da Câmara, e as reuniões serão transmitidas ao vivo pela TV Câmara e pela Rádio Legislativa FM, com exceção daquelas que tratarem de documentos sigilosos. “Nesse caso, o encontro será gravado e divulgado posteriormente, caso haja aprovação do Ministério Público”, enfatizou a Câmara.

Polícia Civil cumpriu mandados em casas de secretários

O caso também foi alvo da operação ‘Invisíveis’, realizada em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público e Polícia Civil. As investigações realizadas pela PCMG revelaram indícios da prática reiterada de crimes relacionados a um processo de “limpeza social” da população em situação de rua por parte de agentes públicos do Município, ao longo de 2024, pelo menos entre os meses de junho e setembro.

Segundo nota da Polícia Civil e do Ministério Público, “são investigados agentes públicos municipais, um agente público estadual, além de particulares que promoviam, conforme as apurações até o momento feitas, a retirada à força de pessoas das ruas do centro da cidade, muitas vezes mediante uso de arma de fogo, ameaças de morte e violência física. Tais pessoas eram deixadas, contra suas vontades, em municípios da região”.

Os nomes dos investigados e alvos da operação não foram divulgados. Mas, seriam secretários e superintendentes da prefeitura ligados às pastas de Defesa Social e Políticas Sociais, além de um agente penal e funcionários de empresa privada de segurança.

Na época da operação, no começo de julho, a prefeitura de Pouso Alegre informou que estava acompanhando os desdobramentos da operação e que a administração é a maior interessada na apuração dos fatos e disponível para colaborar com a investigação.

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