
Foto: PF
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (29/5), a segunda fase da ‘Operação Pedra Amarela’, que investiga uma quadrilha que aterrorizou a cidade de Itajubá, no Sul de Minas, em junho de 2022. Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em três estados.
Na ação, no dia 22 de junho de 2022, a organização criminosa roubou uma agência da Caixa Econômica Federal e atacou o Batalhão da Polícia Militar. Os novos mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte.
De acordo com a PF, estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Porto Seguro (BA), Itabirito (MG), São Paulo (capital), Osasco (SP) e Carapicuíba (SP). Três dos mandados concentram-se na capital paulista; os demais, nas outras localidades.

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A investigação apura a participação de pelo menos 20 criminosos fortemente armados, que utilizaram fuzis e explosivos para os ataques em Itajubá. O grupo conseguiu roubar aproximadamente R$ 2 milhões da agência bancária, um fato que teve grande repercussão na época.
Ainda segundo aa Polícia Federal, os suspeitos poderão responder por organização criminosa armada, roubo majorado, cessão ilegal de arma de fogo de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Primeira fase da operação
Em junho de 2023, a Polícia Federal tinha cumprido 18 mandados de busca e apreensão na primeira fase da operação, nas cidades mineiras de Caldas e Santa Rita de Caldas, além de Embu das Artes-SP, São Paulo-SP e Porto Seguro-BA.
“O objetivo é apreender objetos que robusteçam as provas já colhidas contra os suspeitos, como também esclarecer a atuação criminal do grupo. A continuidade das investigações e análises dos materiais apreendidos objetiva descobrir a participação de outras pessoas e a ocorrência de outras práticas criminosas”, informou a PF, na época.

Foto: PF

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Relembre o ataque
Há pouco menos de três anos, no dia 22 de junho de 2022, Itajubá viveu um cenário de filme. Foi por volta das 23h30 que os ataques começaram. Moradores registraram o barulho dos tiros de fuzis e explosões de bombas. Parecia o som de uma guerra no centro da cidade.
Os bandidos jogaram gasolina e tentaram incendiar um carro que estava estacionado em frente ao quartel da PM, mas o fogo não se espalhou. No mesmo momento, homens faziam os disparos em todas as direções, cercando o centro da cidade. Imagens gravadas por moradores mostram a circulação dos criminosos com armas de guerra (veja abaixo).
Conforme a PM, o alvo dos criminosos foi o cofre da agência da Caixa Econômica Federal. Após o ataque, ‘o grupo se dividiu em dois comboios, um deslocando sentido BR-459, sentido Pouso Alegre [e teria entrado para MG-295, para Brazópolis], e outro deslocando sentido São Lourenço, por Maria da Fé.

Ataque a banco: 5 policiais e um estudante são feridos em Itajubá. Imagem: reprodução redes sociais
Em seguida, os militares efetuaram cerco nas cidades circunvizinhas a Itajubá, com o objetivo de prender os criminosos. E até agora, apenas um suspeito estava preso, quando foi encontrado em uma estrada de terra que liga Cambuí a Consolação, também no Sul de Minas. Ele explicou que foi contratado por uma pessoa conhecida por “Gordinho”, para atuar como “olheiro”.
Ao todo, a ação deixou 5 feridos, sendo quatro policiais e um universitário. A Polícia Civil confirmou que seis carros que haviam sido abandonados pela quadrilha foram posteriormente apreendidos em Estiva, Cachoeira de Minas, Brazópolis e Itajubá. Em um dos veículos apreendidos em Brazópolis a polícia encontrou muito sangue e alguns materiais.
Foram apreendidos ainda material explosivo, celulares, carregadores, balanças, explosivos, munições intactas e deflagradas, escudo e diversos miguelitos, que são usados para furar pneus de carro.