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Crianças mostram que amor por folhear livros se mantém vivo em novas gerações

Crianças mostram amor pela leitura de livros físicos, na Escola Estadual Dom João Rezende Costa.

Crianças apaixonadas por leitura mostram que ato de folhear livros se mantém vivo para nova geração

Livros têm o poder de transportar leitores para novos mundos e personagens, dos reais à ficção. Crianças e a bibliotecária da Escola Estadual Dom João Rezende Costa, Cristiane Vieira, mostram a importância do livro físico, inclusive nesta era digital.

A escola ganhou revitalização da biblioteca pelo Governo de Minas Gerais. As crianças aguardavam ansiosamente a inauguração, que aconteceu em abril.

Os olhos de Lana, aluna do 5º ano do Ensino Fundamental I, brilham ao falar da restauração da biblioteca. “Nem parece a mesma, está muito diferente, muito linda. Entrar parece um sonho. Ano passado tínhamos muitos (livros), mas não como esses. Minha leitura preferida é Eva Furnari.”

Todas as turmas da escola, que atende alunos do 1º ao 5º ano, têm aulas semanais na biblioteca. Para a bibliotecária que também é professora, o projeto estimula o gosto pela leitura.

“Nos dias de hoje, com o uso desregrado com tantas telas, a leitura de livros é de suma importância. Tanto para o desenvolvimento do vocabulário, para aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento da criança com ser integral.”

O local com teto de nuvens, estantes de casinha, personagens em bonecos, tem livros até para quem ainda não é alfabetizado. “Também existe a leitura por imagens”, lembra a professora.

Entre os títulos estão livros de Monteiro Lobato, a coleção Harry Potter e Diário de um Banana, gibis de Maurício de Souza e exemplares de diferentes gêneros. E quem acredita que crianças e adolescentes de 1o a 11 anos gostam dos livros com poucas páginas, pode se surpreender.

A coleção de Harry Potter é a leitura atual de Mariana, de 10 anos. Ela diz que a leitura de livros fazem parte da vida dela desde os 7 anos. “Ler significa paz. A gente viaja nas histórias.”

Sofia, de 10 anos,  diz que “acho muito bom (ler). Amo gibis. Gosto de livros que fazem rir bastante. Tenho uma coleção de livros!” E ela compartilha esse hábito. “Emprestei um livro para a minha prima e estou esperando ela devolver.”

Cristiane discorda de quem acredita que crianças não gostam de leitura. “A criança que não gostar de livro, é porque não teve a oportunidade de ter o contato.”

Com a revitalização, “são cerca de 3 mil livros e 150 novos títulos. Temos um acervo muito rico”, salienta o vice-diretor, Eufrázio Souza.

“O reflexo é sentido desde que a criança tem acesso à leitura. Ela começa a desenvolver o gosto pela leitura, escrita e o repertório aumenta. Ganha uma gama de fluência literária e os pais também ganham e dão esse feedback.”

Ler em família

Incentivar as famílias a lerem juntas com as crianças é parte dos projetos da escola. Tem um para cada faixa etária.

No tapete da leitura, cada aluno do 1º aº ano leva para casa um tapete e livros. A leitura em família tem que ser registrada em fotos e relatos e devolvida à escola ao final do projeto. No 4º ano, estudantes recebem a maleta de leitura que é um projeto semelhante.

É no 5º ano, que os alunos ganham uma coleção de livros doados pelo Governo de MG e também o diário da familia, para registro dos momentos de leitura. Tem desde a história de Iara, lenda do folclore brasileiro, até Felpo Filva, da autora Eva Furnari, a preferida da aluna Luna.

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