Cleide Maria Gomes, vítima de feminicídio e pedreiro autor do crime, em Santa Rita do Sapucaí. Imagem: reprodução
O pedreiro João Wenceslau Cândido está sendo julgado pela terceira vez pelo crime de feminicídio, cometido em Santa Rita do Sapucaí, Sul de Minas, em julho de 2019. O novo julgamento teve início às 09h, desta quarta-feira (26/3), no Fórum da cidade.
Os dois júris populares anteriores foram anulados. Um a pedido do Ministério Público, autor da acusação, e o outro a pedido da defesa do pedreiro. Com a anulação dos julgamentos, o acusado segue em liberdade. Atualmente, ele está com 76 anos.
Em julho de 2019, a cozinheira Cleide Maria Gomes, de 54 anos, foi acatada quando seguia para o trabalho. João Wenceslau desferiu seis facadas contra Cleide. Os dois eram namorados. A cozinheira deixou três filhas e uma sobrinha que também era cuidada por ela.
O pedreiro foi detido pela Polícia Militar na BR-459 com ferimentos leves no tórax, após tentar se matar. O homem chegou a ficar preso por dois anos, mas foi solto após conseguir liberdade provisória.
Mas o júri foi anulado após recurso da defesa. No primeiro júri de 2021, o acusado tinha sido condenado a apenas quatro anos de prisão. Como já tinha cumprido dois anos e em função do tamanho da pena, ele não voltou a ser preso.
O Ministério Público entrou com recurso e conseguiu anular o júri. Em 2023 foi realizado o segundo julgamento e o pedreiro chegou a ser condenado a 16 anos de prisão. A defesa entrou com recurso e anulou o júri, mantendo o acusado em liberdade.
O terceiro julgamento está em andamento. A previsão é que o resultado seja definido ainda nesta quarta-feira.