Polícia

Gaeco realiza 2ª fase de Operação Sepulcro Caiado, contra corrupção em Itajubá

Operação cumpriu mandados de busca e apreensão em autopeças de Pouso Alegre. Primeira fase apontou esquema de corrupção na prefeitura de Itajubá.

Nayara Andery / 24 abril 2024

Policiais civis cumpriram 11 mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Sepulcro Caiado, nesta terça-feira (23/4). A ação do Gaeco (Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado) em Pouso Alegre, faz parte do combate à corrupção na prefeitura de Itajubá.

Os focos desta fase da operação foram quatro lojas que fornecem autopeças para a prefeitura de Itajubá. Os empresários responsáveis pelas lojas tiveram que prestar depoimento à Polícia Civil (PCMG).

Esses empresários confirmaram que faziam pagamentos ao servidor da prefeitura, preso na primeira fase da operação do Gaeco. Eles ainda admitiram que emitiam notas fiscais frias de venda de peças de veículos para a prefeitura de Itajubá.

Durante as diligências, os policiais apreenderam celulares. Todo o material foi levado para a Delegacia da Polícia Civil.

Operação descobriu corrupção na prefeitura

A investigação desvendou um esquema de corrupção que tinha como principal suspeito o então vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho. Ele foi preso, em 20 de fevereiro de 2024, após investigações apontarem que ele recebia propina em dois esquemas.

O primeiro envolve corrupção na prefeitura, citada na Operação Sepulcro Caiado. Na primeira fase, o Gaeco informou que Baracho era um dos operadores do esquema.

Dois funcionários da prefeitura levavam veículos da frota municipal em uma oficina que fazia parte do esquema. A oficina foi criada para atender somente à prefeitura e emitir notas fiscais frias, de serviços não realizados ou com superfaturamento.

Valores que eram sacados por esses funcionários, seriam repassados à Baracho. Ele foi exonerado pelo prefeito de Itajubá, Cristian Gonçalves, que disse que não sabia do esquema e colaborou com as investigações.

No mesmo dia da prisão de Baracho, o Gaeco, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão referentes à operação Transfusão. Ela apurou esquema de desvio de mais de R$ 1,4 milhão, do Hospital de Clínicas de Itajubá.

Baracho estava entre os investigados e pessoas presas na data das duas operações. O Gaeco informou que ele, que também era secretário municipal de saúde de Itajubá, recebia mesada de R$ 22 mil para participar do esquema no hospital.

Confira as reportagens do Terra do Mandu sobre essa operação:

Vice-prefeito de Itajubá é preso em operação do MPMG de combate à corrupção

Vice-prefeito de Itajubá é preso em operação do MPMG de combate à corrupção

Vice-prefeito preso: Gaeco explica esquema que teria desviado quase de R$ 1,5 milhão

 


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