Câmara de Tocos do Moji aumenta salário de vereadores em 55%

Vereadores fizeram votação única para reajustar salários de R$ 1.822 para R$ 2.800. Novo subsídio entra em vigor em 2025.

Nayara Andery / 01 março 2024

A Câmara de Tocos do Moji aprovou reajuste que aumenta o salário dos vereadores de R$ 1.822 para R$ 2.800. O reajuste é de cerca de 55%. O novo valor vai entrar em vigor a partir de 2025. O tema gerou polêmica na cidade.

A votação aconteceu na sessão plenária desta terça-feira (27/2). O Projeto de Resolução nº 93/2024 teve votação única e foi aprovado por sete dos nove vereadores. O vereador José Carlos dos Santos (PSB) pediu a abstenção. Devido ao regulamento da casa, o presidente Josué Severino da Silva (PSDB) só votaria em caso de empate.

Confira os vereadores que votaram a favor do aumento: Cecília Maria da Silva Almeida, Denis Henrique de Faria, Igor José Leandro, Igor José Leandro, Izael Bento de Souza e Sebastião Marcos dos Reis, todos do PSDB, além de Ivan José de Godoi e Renato Antônio Pereira, ambos do PSB.

Crítica dos moradores

Moradores criticaram o aumento por mensagens em redes sociais, que não serão identificadas na reportagem. “Isso é um absurdo!” e “vereador na nossa cidade vai ganhar mais do que professor! Só aqui mesmo”. Os vereadores têm apenas duas sessões plenárias por mês.

“Seria um salário justo com todos os vereadores (se) abrissem mão de seus cargos na prefeitura e trabalhassem 8 horas por dia na profissão de vereador”. Teve quem destacou as eleições municipais, que serão em outubro de 2024. “Importante tornar isso público, para que a população na próxima eleição possa avaliar melhor em quem votar.”

Tocos do Moji é um município criado há 28 anos. Para alguns moradores, esse reajuste dos vereadores causa indignação e não acompanha a realidade da cidade. Dados do IBGE mostram que Tocos tinha 3.826 moradores segundo o Censo 2022 e em 2020, a renda mensal dos trabalhadores formais em 2020 era de 1,7 salários mínimos.

Resposta da Câmara

Segundo a Câmara, o último reajuste foi aprovado em 2015 e entrou em vigor em 2016. O legislativo citou que o valor estava defasado e que há duas legislaturas não era reajustado.

O projeto foi solicitado pelo Terra do Mandu, já que não estava disponível no site da Câmara. A Assessoria Jurídica enviou o projeto e uma justificativa referente às críticas do texto aprovado. Confira o Projeto de Resolução nº 93/2024 e o esclarecimento relativo ao projeto.

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