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Operação prende suspeitos de ataque a banco em Itajubá em junho

Ação envolvendo mais de 500 policiais em três estados prendeu 17 pessoas suspeitas de envolvimento em ataques a bancos; veja detalhes

Iago Almeida / 21 setembro 2022

Foto: Divulgação/Sesp-PR

Uma operação conjunta entre as polícias Civil, Militar e Científica dos estados do Paraná e São Paulo terminou com a prisão de 17 pessoas, suspeitas de envolvimento em ataques a bancos pelo país, incluindo Itajubá, no Sul de Minas. A ação aconteceu nesta terça-feira (20) e contou com mais de 500 policiais.

O crime em Itajubá aconteceu no dia 22 de junho deste ano, quando criminosos fortemente armados invadiram a cidade no final da noite e assustaram moradores, em um assalto executado com extrema violência. Eles atacaram uma agência da Caixa e trocaram tiros com a PM no centro da cidade. Apenas um suspeito de 32 anos estava preso desde então.

Os presos na operação desta semana são suspeitos de participação no ataque em Itajubá, além de outros roubos registrados em Campina Grande do Sul/PR, Cerro Azul/PR, Lapa/PR, Quitandinha/PR, Criciúma/SC, Blumenau/SC, Araquari/SC, Araçatuba/SP e Ourinhos/SP.

Foram cumpridos 74 mandados de busca e apreensão e de prisão em 10 cidades do Paraná, sete de São Paulo e uma de Santa Catarina. Três suspeitos foram mortos durante a ação e outros três seguem foragidos. Sete armas foram apreendidas.

Segundo a Polícia, a operação apontou que os criminosos compravam itens de luxo, viagens, bancavam procedimentos estéticos e ostentavam riqueza nas redes sociais, com o dinheiro levantado nos crimes.

A operação apontou ainda que os criminosos se organizavam para realizar o chamado “domínio do município”, fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado, nos assaltos.

Os investigados ainda possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas, extorsão mediante sequestro. Eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, latrocínio, incêndio e explosão, porte ilegal de armas de fogo e explosivos, dano qualificado, receptação, sequestro e cárcere privado.

Ataque em Itajubá

Foi por volta das 23h30 que os ataques começaram no dia 22 de junho em Itajubá, no Sul de Minas. Moradores registraram o barulho dos tiros de fuzis e explosões de bombas. Parecia o som de uma guerra no centro da cidade.

Os bandidos jogaram gasolina e tentaram incendiar um carro que estava estacionado em frente ao quartel da PM, mas o fogo não se espalhou. No mesmo momento, homens faziam os disparos em todas as direções, cercando o centro da cidade. Imagens gravadas por moradores mostram a circulação dos criminosos com armas de guerra (veja abaixo).

Conforme a PM, o alvo dos criminosos foi o cofre da agência da Caixa Econômica Federal. Após o ataque, ‘o grupo se dividiu em dois comboios, um deslocando sentido BR-459, sentido Pouso Alegre [e teria entrado para MG-295, para Brazópolis], e outro deslocando sentido São Lourenço, por Maria da Fé.

Em seguida, os militares efetuaram cerco nas cidades circunvizinhas a Itajubá, com o objetivo de prender os criminosos. E até agora, apenas um suspeito estava preso, quando foi encontrado em uma estrada de terra que liga Cambuí a Consolação, também no Sul de Minas. Ele explicou que foi contratado por uma pessoa conhecida por “Gordinho”, para atuar como “olheiro”.

Ao todo, a ação deixou 5 feridos, sendo quatro policiais e um universitário. A Polícia Civil confirmou que seis carros que haviam sido abandonados pela quadrilha foram posteriormente apreendidos em Estiva, Cachoeira de Minas, Brazópolis e Itajubá. Em um dos veículos apreendidos em Brazópolis a polícia encontrou muito sangue e alguns materiais.

Foram apreendidos ainda material explosivo, celulares, carregadores, balanças, explosivos, munições intactas e deflagradas, escudo e diversos miguelitos, que são usados para furar pneus de carro.

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