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Operação combate importação irregular de equipamentos eletrônicos em PA

Receita Federal está cumprindo buscas também em Varginha, Três Corações e Alfenas; ação ainda investiga importação de eletrônicos usados

Iago Almeida / 29 junho 2022

Foto da operação na região / Foto: RF

A Receita Federal está deflagrando nesta quarta-feira (29/06) uma operação com o objetivo de combater a importação irregular de mercadorias por empresas de equipamentos eletrônicos no Sul de Minas. Buscas estão sendo realizadas nas cidades de Pouso Alegre, Varginha, Alfenas e Três Corações.

Além de mercadorias novas importadas de forma irregular, a Operação investiga a importação de eletrônicos usados. Ou seja, são aparelhos seminovos, considerados como lixo eletrônico nos países mais desenvolvidos, que são comercializados com valores abaixo dos praticados no mercado para novos aparelhos.

Segundo a Receita, estes itens estão entrando no país de forma irregular, pois também estão sujeitos às regras de importação de mercadorias. A operação recebeu o nome de ‘Grey Line’ e conta com o apoio da Polícia Militar. São cerca de 25 auditores-fiscais, analistas tributários e servidores administrativos da Receita Federal, além de 14 policiais militares.

O nome “Grey Line” faz referência a uma linha de produtos de uma marca renomada de equipamentos eletrônicos. De acordo com as investigações, os importadores do Sul de Minas se referem aos aparelhos importados de forma irregular como aparelhos da “linha cinza” (em inglês, Grey Line).

Ainda segundo a Receita Federal, em Pouso Alegre foram apreendidos dois sacos com diversos eletrônicos, como celulares, caixas de som e outros. O valor de apreensão no município foi estimado em R$ 40 mil.

Foto da operação em Pouso Alegre / Foto: RF

Foto da operação em Pouso Alegre / Foto: RF

Combate ao Descaminho

Vale destacar que a importação irregular de mercadorias é crime de descaminho que está previsto no Código Penal. A pena é de reclusão de 1 a 4 anos. O delegado da Receita Federal em Varginha, auditor-fiscal Michel Lopes Teodoro ressalta que isso prejudica os demais empresários do setor.

“As empresas que são alvo da operação estão importando mercadorias de forma irregular, prejudicando os demais empresários do setor. Ao sonegar os impostos de importação, eles têm condições de vender seus produtos com valores abaixo do praticado no mercado. Essa concorrência desleal prejudica os empresários que pagam seus impostos em dia, inclusive, gerando desemprego na região. Os principais beneficiados com essa operação são as empresas que atuam de forma regular”, afirmou.

“Essas operações realizadas pela Receita Federal evitam a circulação de produtos potencialmente nocivos à saúde e ao meio ambiente em território nacional. Tais produtos não se submeteram aos procedimentos de segurança, qualidade e avaliação de conformidade de órgãos reguladores, podendo, inclusive, conter substâncias tóxicas, de uso proibido no país”, completou.

Foto da operação na região / Foto: RF

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