Imagem Cemig.
Contas de luz emitidas pela Cemig ficam mais caras nesta quarta-feira (22/06) para 774 cidades de Minas Gerais. As bandeiras tarifárias também foram reajustadas em até mais de 60%, conforme anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em Minas Gerais o reajuste da conta de energia elétrica para consumidores residenciais D é de 5,22%. O aumento é de 6,23% para baixa tensão e 14,31% para alta tensão.
A Aneel anunciou o reajuste um dia antes do novo valor entrar em vigor. A Cemig tem 8,9 milhões de clientes.
Reajuste foi reduzido
De acordo com a Aneel, o reajuste não foi maior por três fatores, entre eles a aprovação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei (PL) 1.280/2022, em junho. O PL trata da “devolução de créditos tributários, recolhidos a mais pelas prestadoras”.
No caso da Cemig, o total é de “R$ 2,81 bilhões e resultam numa redução de -15,20% no índice de reajuste tarifário da distribuidora”. A concessionária informa que o valor consiste em recursos judiciais “em função do trânsito em julgado da ação que questionou a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-Pasep/COFINS das faturas de energia”.
Contas da Cemig ficaram sem aumento por dois anos
Consumidores atendidos pela Cemig não tiveram reajuste de tarifa da empresa em 2020 e 2021. O motivo foi a devolução de aproximadamente R$ 2,2 bilhões”, acrescenta a concessionária. “A Cemig já devolveu cerca de R$ 5 bilhões aos clientes nos reajustes tarifários nos últimos três anos.”
Bandeiras tarifárias sobem até mais de 60%
Em julho passam a vigorar os novos valores de bandeiras tarifárias. O aumento que chega a superar 60% em uma delas, foi anunciado nesta terça-feira (21/06) pela Aneel.
Consumidores estão sem custo extra em junho, já que a bandeira adotada para o mês é a verde. A Aneel vai anunciar na próxima sexta-feira (24/06) qual será a bandeira adotada para julho.
As bandeiras estabelecem custo extra a cada 100kWh gastos. Para a bandeira amarela o valor sobe de $$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100kwh, o que significa 59,5% a mais. A vermelha patamar 1 que custa R$ 3,971 para o consumidor, passa para R$ 6,50, com reajuste de 63,7%.
A vermelha patamar 2 sobe de 9,492 para R$ 9,795, com o reajuste de 3,2%. A bandeira escassez hídrica que era de R$ 14,20 vigorou até abril deste ano.