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Hospital Samuel Libânio realiza 540 cirurgias eletivas de média complexidade no 1° trimestre

Unidade de saúde supera meta do Governo do Estado para Cirurgias Eletivas, mesmo com falta mundial de medicamentos e insumos

Iago Almeida / 26 maio 2022

Foto: Divulgação HCSL

Em levantamento divulgado nesta quinta-feira (26/05), o Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), em Pouso Alegre, afirmou que realizou mais de 540 cirurgias eletivas de média complexidade nos primeiros três meses de 2022. Assim, a meta estabelecida pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais foi superada, segundo a unidade de saúde.

Isso porque o lockdown na China, por conta do aumento no número de novos casos da Covid-19 nas últimas semanas, tem trazido sérios prejuízos ao mundo, e consequentemente ao HCSL, que precisa de alguns medicamentos importados para a realização de cirurgias eletivas.

“As cirurgias gerais, de ortopedia, de pele, urológicas, ginecológicas, entre outras estão sendo realizadas diariamente, pois nos piores momentos da pandemia da Covid-19, tratamentos e cirurgias de outras doenças ficaram para depois, mas o depois chegou e toda a demanda represada está acumulada na rede pública”, explicou o hospital.

“Além do excesso de procura, outro problema está dificultando a retomada do atendimento normal. Faltam medicamentos em hospitais, e isso também está atrasando cirurgias e tratamentos, principalmente pela falta de contraste e alguns medicamentos devido ao Lockdown na China. Faltam medicamentos e insumos, como: fenoterol, manitol, salbutamol; e até soro fisiológico”, disse.

Por conta dessas faltas, algumas cirurgias eletivas estão sendo adiadas. As principais cirurgias eletivas que acabam sendo adiadas são as cirurgias gerais, que são as hérnias, as pedras nas vesículas, cirurgias urológicas – cálculo renal, conhecida como pedra no rim -, e também as cirurgias de varizes. Cirurgias neurológicas e cardiológicas são afetadas pela falta de contraste.

“As cirurgias de câncer são sempre tratadas como procedimentos prioritários, sabemos que temos uma fila aumentada”, explica o diretor Técnico do HCSL, Alexandre Hueb.

Na fabricação de medicamentos no Brasil, 60% dos princípios ativos são importados da China e da Índia. Por causa da pandemia, a produção desses dois países diminuiu e que essa dependência da matéria-prima importada é o problema.

“Como o Ministério da Saúde coordena a política nacional de insumos, dentre eles dos medicamentos, cabe ao Ministério da Saúde estabelecer novas parcerias, para que a gente possa ter o mercado nacional suprido dessa necessidade desses medicamentos”, finaliza o diretor.

Foto: Divulgação HCSL

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