Foi preso nesta quinta-feira (19/05) o homem suspeito do homicídio ocorrido em São Gonçalo do Sapucaí. No início deste mês (08/05), o serralheiro Jackson Alberto Gouvêa Silveira, de 39 anos, foi morto a tiros em um bar no bairro Aterrado.
De acordo com a Polícia, o investigado prestou depoimento nesta quinta-feira e teria assumido a autoria do crime. A defesa do suspeito informou ao Terra do Mandu que o homem compareceu na delegacia da Polícia Civil para prestar depoimento, mas foram surpreendidos com um mandado de prisão temporária concedido pela justiça.
O homem foi encaminhado ao presídio de Pouso Alegre. “Com a conclusão do Inquérito Policial, o indivíduo permanecerá recolhido à disposição da justiça”, afirmou a PC.
Crime passional
De acordo com levantamentos da Polícia Civil, o crime foi motivado por questões passionais. O autor, de 31 anos, foi até o bar onde estava a vitima, de 39 anos, e, após aguardar o momento oportuno, realizou quatro disparos de arma de fogo por volta das 17h de um domingo. O homem, sem oportunidade de defesa, morreu em seguida.
Depois, os policiais descobriram que o suspeito morava no bairro Jardim Califórnia em Pouso Alegre. Policiais tiveram a autorização da família dele para entrar na casa no dia do crime.
No quarto foram encontrados “66 papelotes de cocaína, uma colher com resquícios de cocaína, pinos e sacos plásticos vazios para armazenagem de droga”, aponta a PM. Esse material foi apreendido e levado para a delegacia e o homem estava foragido desde então.
“Após realizar diligências policiais, com o objetivo de identificar as circunstâncias do fato, foi apurado que a motivação envolvia ciúmes, de caráter passional e fútil, sendo representado junto ao Poder Judiciário pela prisão temporária do investigado”, explicou a PM.
Amigo engraçado e querido na cidade
Jackson era conhecido como Joaquim do Valério e morava no bairro Prainha, em São Gonçalo. Ele era ‘engraçado’, cheio de amizades e era muito querido na cidade, conta o amigo Wagner Mendonça. O amigo, em choque com o assassinato, falou que não consegue entender o motivo de alguém ter feito isso.
“Ele era um palhaço, super divertido, um cara do bem, uma grande amizade. Onde ele chegava ele animava todo mundo, não parava um minuto sem contar uma piada, causos. Ele era simples, um jeito caipira, um mineiro nato. Não tinha quem não gostasse dele, ele não merecia isso. As nossas de amigo não serão as mesmas sem a presença dele”, disse, no dia do crime.
Jackson foi enterrado no Cemitério Municipal de São Gonçalo do Sapucaí.