Pouso Alegre já registra 11 casos de abuso e exploração sexual contra menores em 2022
Prefeitura lançou campanha “Pode ser Abuso” na cidade; confira ainda dados de Itajubá, Ouro Fino, Borda da Mata e Extrema
Iago Almeida / 18 maio 2022Prefeitura lançou campanha “Pode ser Abuso” na cidade; confira ainda dados de Itajubá, Ouro Fino, Borda da Mata e Extrema
Iago Almeida / 18 maio 2022Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
A data de 18 de maio, nesta quarta-feira, é considerada o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes e tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.
Com isso, cidades da região terão eventos importantes durante este dia e no restante da semana. Este ano em Pouso Alegre a campanha destinada a este dia, foi intitulada “Pode ser Abuso”, decorrente da Parceria com a Fundação Abrinq.
A campanha, segundo o Executivo, tem como ponto principal chamar a atenção para o tema: informando, sensibilizando, mobilizando e convocando toda a sociedade a participar desta causa em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, protegendo-as do abuso e da exploração sexual.
Segundo dados levantados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), em cinco cidades da região, incluindo Pouso Alegre, já são 23 casos de abusos e exploração sexual contra crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, em 2022. Confira:
Borda da Mata
2020 – 7 casos
2021 – 4 casos
2022 – 2 casos (janeiro à março)
Itajubá
2020 – 13 casos
2021 – 10 casos
2022 – 5 casos (janeiro à março)
Extrema
2020 – 11 casos
2021 – 11 casos
2022 – 3 casos (janeiro à março)
Ouro Fino
2020 – 7 casos
2021 – 3 casos
2022 – 2 casos (janeiro à março)
Pouso Alegre
2020 – 44 casos
2021 – 32 casos
2022 – 11 casos (janeiro à março)
Em Pouso Alegre, a campanha está divulgando pelas redes sociais, rádios, outdoors, cartazes e Flyers informativos onde passam o maior fluxo de pessoas postos de saúde, escolas, correios, centros comerciais.
Com o Término do isolamento social e retorno as atividades normais como frequentar a escola, visita de familiares e amigos, o número de casos até o mês de abril desde ano apresentou queda, em comparação ao mesmo período do ano de 2021, segundo a Prefeitura. No entanto, a atenção com as crianças, seu comportamento e seus sinais deve ser contínua, considerando que muitos casos permanecem de forma velada.
“É importante sabermos que o abuso sexual não significa o ato consumado apenas, mas é também toda forma de natureza erótica com ou sem contato físico, com ou sem uso da força, entre um adulto ou adolescente mais velho e uma criança e um adolescente”, explica a Gerente de Proteção Especial, Paula Cristina Bento de Souza.
“Muitas vezes a criança ou adolescente não relata o episódio de abuso, por não compreender ou por medo de ameaça sofrida pelo abusador, mas alguns sinais podem ser percebidos de forma involuntária. Podem ser expressos por desenhos agressivos, mudança de humor, transtornos alimentares, está muito quieta, triste medrosa ou chorosa, evitam ir a algum lugar ou encontrar alguma pessoa”, completou a gerente.
Pesquisas mostram que 89,6% dos casos acontecem na casa da própria vítima, por uma pessoa de confiança da família. Os casos mais comuns ocorrem no ceio familiar onde o abusador pode ser pai/mãe, madrasta/padrasto, avô, amigo próximo da família, a vítima é em grande maioria do sexo feminino.
A infância é uma das fases mais importantes do desenvolvimento humano e um evento traumático nesta fase pode ser determinante para a fase adulta em todos os campos: emocional, pessoal, profissional. Por isso, é importante protegê-la!
“Pedimos que as pessoas sejam capazes e dispostas a denunciar os casos de violência sexual contra o público infanto-juvenil. Dê-lhes ouvidos e atenção quando indagarem algum fato ou situação. Mais do que isso, não se omita para alguma situação que veja ou que desconfie, não compactue com o silêncio deste ato! Você pode salvar uma vida!”, encerrou Paula Cristina.
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, Conselho Tutelar, delegacias de polícia ou em um dos equipamentos como o CREAS e os CRAS.
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