Dezenas de peregrinos caminham de Pouso Alegre a Santa Rita do Sapucaí
Após dois anos sem realizar a caminhada, grupo retornou em 2022 e foi até o santuário que está recebendo novena e festa da padroeira
Iago Almeida / 16 maio 2022Após dois anos sem realizar a caminhada, grupo retornou em 2022 e foi até o santuário que está recebendo novena e festa da padroeira
Iago Almeida / 16 maio 2022Um grupo de 62 peregrinos caminhou cerca de 35 km de Pouso Alegre à Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, entre a noite de sábado (14/05) e a madrugada de domingo (15/05), em um momento de fé e oração. A caminhada aconteceu em meio à novena da padroeira, Santa Rita de Cássia, que está sendo celebrada no Santuário da cidade.
Os peregrinos saíram de Pouso Alegre por volta das 22h de sábado e chegaram em Santa Rita do Sapucaí por volta das 5h30 de domingo. Durante a caminhada os fiéis realizaram orações, pedidos e agradecimentos. A caminhada retornou em 2022, após dois anos sem ser realizada por conta da pandemia.
O dia de Santa Rita de Cássia é comemorado no dia 22 de maio. Com isso, o Santuário dedicado à santa, em Santa Rita do Sapucaí, está celebrando a novena preparatória para a festa da padroeira.
A novena teve início na última sexta-feira (13/05) e seguirá até o dia 21 de maio, sábado. Todos os dias haverá celebração de missas às 15h e 19h. A única exceção é último dia da novena, dia 21 de maio, quando haverá ainda celebração de missas às 7h e 9h.
Dia da padroeira – 22 de maio
Já no dia da padroeira, dia 22 de maio, as missas acontecerão às 4h, 6h, 8h, 10h, 12h, 14h, 16h e 18h. Após a missa das 18h, acontecerá uma procissão luminosa com o andor de Santa Rita de Cássia e dos padroeiros das comunidades.
Além disso, haverá café para os romeiros no Centro Pastoral Dom João Bergese, das 5h às 8h. Depois, entre 10h30 e 14h, haverá o almoço, também para os romeiros, no mesmo local.
Vale destacar que toda a festa está sendo transmitida pelas redes sociais do Santuário: Youtube e Facebook. Além disso, para conferir a programação completa da festa, entre na publicação do Santuário, abaixo:
Filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia, no ano de 1381, e foi batizada com o nome de Margherita (Margarida em latim que significa pérola ou pedra preciosa). Seus pais eram ‘pacificadores de Cristo’ nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a inclusive a ler e escrever.
Seu grande desejo era consagrar-se à vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio aos 16 anos para Paulo Ferdinando Mancini, um jovem de boas intenções, mas vingativo. Tiveram dois filhos, e ela buscou educá-los na fé e no amor.
Com uma vida simples, rica de oração e de virtudes, toda dedicada à família, ela ajudou o marido a converter-se e a levar uma vida honesta e laboriosa. Sua existência de esposa e mãe foi abalada pelo assassinato do marido, vítima do ódio entre facções.
Rita conseguiu ser coerente com o Evangelho perdoando plenamente todos aqueles que lhe causaram tanta dor. Os filhos, ao contrário, influenciados pelo ambiente e pelos parentes, eram inclinados à vingança. Com um amor heroico por suas almas, ela suplicou a Deus que os levasse antes que cometessem um grave pecado. Ambos, ainda jovens, vieram a falecer em consequência de doenças naturais.
Sem o marido e os filhos, Santa Rita entregou-se à oração, penitência e às obras de caridade. Ela também tentou ser admitida no Convento Agostiniano em Cássia, fato que foi recusado no início. No entanto, não desistiu e manteve-se em oração, pedindo a intercessão de seus três santos patronos – São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolas de Tolentino – e milagrosamente foi aceita no convento. Isso aconteceu por volta de 1441.
Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor. Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e, depois, uma religiosa exemplar. Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito devido à humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava os outros. Por isso, teve que viver resguardada.
Morreu no ano de 1457 com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez padecer por quatro anos. Foi venerada como santa, imediatamente após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex miraculorum, ambos documentos de 1457-1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, em uma urna de prata e cristal fabricada em 1930.
Hoje, ela intercede pelos impossíveis de nossa vida, pois é conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. (Texto retirado para reprodução do site Canção Nova).
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