Idosa de Piranguinho é atacada por tubarão em Ubatuba (SP)
Ao sair água, na Praia Grande, ela sentiu a mordida na perna e pediu socorro
Nayara Andery / 18 novembro 2021Ao sair água, na Praia Grande, ela sentiu a mordida na perna e pediu socorro
Nayara Andery / 18 novembro 2021Um tubarão mordeu a perna de uma idosa de 79 anos, que mora em Piranguinho, e foi passar o feriado com a família em Ubatuba, litoral paulista. O corte na panturrilha teve cerca de 25 cm e expôs a musculatura superficial. Ela estava na Praia Grande, quando saía da água e sentiu a mordida do lado esquerdo, no último domingo (14).
A idosa que até o momento não teve o nome divulgado foi atendida na Santa Casa de Ubatuba e liberada, como confirmou a instituição ao Terra do Mandu. É o segundo acidente com mordida de tubarão no município neste mês. Um francês também teve ferimento causado por mordida do animal em 3 de novembro.
“Ambos incidentes foram causados por mordidas de tubarões, confirmadas pelo Prof. Dr. Otto Bismarck Gadig, renomado pesquisador da UNESP e especialista no assunto.” A informação é do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha, de Ubatuba (SP).
O especialista informou em nota preliminar que o ferimento da idosa foi causado por um animal de médio a grande porte, com cabeça arredondada. Gadig analisou relatos de testemunhas e imagens da lesão da idosa, que A hipótese é que o animal era um tubarão-tigre ou cabeça-chata, conforme essa lesão.
Em Piranguinho, a idosa ainda não buscou posteriores cuidados após o ferimento na rede municipal, citam profissionais de saúde.
A MORDIDA DO TUBARÃO
O corte na panturrilha da idosa teve pelo menos 5 agentes perfurantes, ou seja, “que correspondem à dentes largos e com borda serrilhada, em pequeno número, grande tamanho”, destaca o especialista na nota. Ele confirma que essa lesão é causada por “agente externo animado (animal marinho em movimento)”.
DÉCADAS SEM ATAQUES DE TUBARÃO
Ubatuba está entre os destinos mais procurados por turistas do Sul de Minas, principalmente de Pouso Alegre e região. A cidade litorânea não tinha registros de ataques de tubarão a banhistas há pelo menos 32 anos, estatística que foi rompida com acidente com o turista francês há 15 dias atrás.
Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, enfatiza que o Brasil tem cerca de 80 das 380 espécies existentes de tubarões no mundo. No país, apenas 12 dessas espécies “podem trazer no currículo a má fama de terem causado incidentes com seres humanos”.
Ser atacado por um tubarão é o que se pode dizer que está em uma chance entre 11,5 milhões, estima Neto. “Entretanto o número de incidentes entre humanos e tubarões tem aumento constantemente há mais de um século.
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