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‘Nenhuma hipótese está descartada’, diz polícia sobre psicóloga encontrada morta

Polícia Civil aguarda resultados de exames toxicológicos. Corpo de Marilda Matias foi sepultado ontem, em Bauru, sua cidade natal.

Magson Gomes / 24 agosto 2021

A Polícia Civil divulgou novas informações sobre a morte da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, encontrada dentro do porta-malas do próprio carro, na garagem de casa, no último domingo (22), em Pouso Alegre, Sul de Minas. O delegado regional, Renato Gavião, afirma que nenhuma hipótese está descartada.

Segundo o delegado, desde domingo, a investigação está acontecendo. Houve coleta de material genético da vítima, foram ouvidas pessoas próximas das vítima já prestaram da vítima. Imagens de câmeras de segurança do entorno da residência foram recolhidas, além dos aparelhos de celulares da vítima e do marido.

“Por enquanto, a polícia não trabalha com nenhuma hipótese de homicídio ou suicídio, pois o fato está sendo investigado. É preciso cautela. No tempo correto, a Polícia Civil dará uma resposta à sociedade sobre o que ocorreu, se foi um homicídio e quem foi seu autor. Mas, por enquanto, a polícia trabalha com todas as hipóteses”, afirma Renato Gavião.

A psicóloga foi encontrada com as mãos e os pés amarrados. Ela estava com a roupa e capacete de pedalar. De acordo com a perícia da Polícia Civil, não havia sinais aparentes de violência no corpo da vítima. A perícia também identificou que a morte tinha ocorrido há mais de 12 horas do momento em que o corpo foi encontrado.

O corpo da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos foi sepultado no início da tarde desta segunda-feira (23), no cemitério Parque Jardim do Ypê, em Bauru, no Centro-Oeste paulista, sua cidade natal.

Marilda Matias tinha 37 anos e trabalhava em Careaçu. Foto: reprodução Instagram

Relembre o caso

Quem chamou a polícia informando que havia encontrado o corpo da psicóloga foi o marido dela, um médico veterinário, de 62 anos. Ele contou à polícia que, no sábado, estava trabalhando na fazenda onde presta serviço, no município de Careaçu, e recebeu uma mensagem da esposa, por volta das 11h50, dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar até Borda da Mata.

O marido contou que chegou em casa por volta das 16h30 e a esposa não estava. Naquele momento, ele não achou estranho porque ela teria falado que chegaria mais tarde do passeio. Porém, depois da 20h ela não apareceu e ele começou a procurar em hospitais e delegacia. Mas não teve notícias da psicóloga. O homem ainda contou que ficou a noite acordado, preocupado, já que os pertences da vítima estavam em casa, como celular, bolsa e outros objetos.

Ainda de acordo com o relato dele à polícia, a esposa teria enviado mensagem ao amigo do casal para dizer que tinha saído para comprar areia para os gatos e que, no percurso, alguns rapazes teriam a abordado e falado algumas ‘asneiras’ para ela. E que o amigo a orientou a avisar a polícia. No entanto, a PM não recebeu nenhuma denúncia no 190 em relação a algo do tipo no sábado.

Na manhã de domingo, o médico veterinário decidiu fazer uma busca minuciosa no carro da vítima, que estava o tempo todo na garagem da casa, e encontra a esposa já sem vida no porta-malas. Foi quando chamou a polícia, por volta das 08h20. De acordo com o relato do marido à PM, não havia nade de diferente na casa. Nada tinha sido roubado ou tirado do lugar. Apenas a porta da cozinha estaria aberta e o portão da rua encostado quando ele chegou na tarde sábado.

Ainda no domingo, o médico veterinário foi ouvido na delegacia e liberado, ficando à disposição da polícia. O celular dele e da esposa ficaram com a polícia para serem analisados.

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