
Marilda Matias tinha 37 anos e trabalhava em Careaçu. Foto: reprodução Instagram
O corpo da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos foi sepultado no início da tarde desta segunda-feira (23), no cemitério Parque Jardim do Ypê, em Bauru, no Centro-Oeste paulista, sua cidade natal. Marilda foi encontrada morta, pelo marido, na manhã deste domingo (22), no porta-malas do próprio carro, que estava estacionado na garagem da casa em que moravam, no bairro Fátima II, em Pouso Alegre, Sul de Minas.
Ainda ontem, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e começou a ouvir pessoas para se chegar a autoria do crime. Diligências nas ruas também estão sendo feitas. O corpo da psicóloga foi examinado no Instituto Médico Legal de Itajubá e os resultados dos exames vão apontar a causa da morte, já que, segundo o laudo da perícia, não havia sinais evidentes de lesão no corpo da vítima.
Marido encontra esposa morta
Quem chamou a polícia informando que havia encontrado o corpo da psicóloga foi o marido dela, um médico veterinário, de 62 anos. Ele contou à polícia que, no sábado, estava trabalhando na fazenda onde presta serviço, no município de Careaçu, e recebeu uma mensagem da esposa, por volta das 11h50, dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar até Borda da Mata.
O marido contou que chegou em casa por volta das 16h30 e a esposa não estava. Naquele momento, ele não achou estranho porque ela teria falado que chegaria mais tarde do passeio. Porém, depois da 20h ela não apareceu e ele começou a procurar em hospitais e delegacia. Mas não teve notícias da psicóloga. O homem ainda contou que ficou a noite acordado, preocupado, já que os pertences da vítima estavam em casa, como celular, bolsa e outros objetos.

O marido (de camisa azul) foi quem chamou a polícia ao encontrar a mulher no porta-malas do carro. Foto: Terra do Mandu
Na manhã de domingo, o médico veterinário decidiu fazer uma busca minuciosa no carro da vítima, que estava o tempo todo na garagem da casa, e encontra a esposa já sem vida no porta-malas. Foi quando chamou a polícia, por volta das 08h20. De acordo com o relato do marido à PM, não havia nade de diferente na casa. Nada tinha sido roubado ou tirado do lugar. Apenas a porta da cozinha estaria aberta e o portão da rua encostado quando ele chegou na tarde sábado.
Psicóloga estava morta a mais de 12 horas
A psicóloga estava com a roupa e capacete de pedalar. Ela estava com as mãos e os pés amarrados. De acordo com a perícia da Polícia Civil, não havia sinais aparentes de violência no corpo da vítima. A perícia também identificou que a morte tinha ocorrido há mais de 12 horas do momento em que o corpo foi encontrado.
Ainda ontem, o médico veterinário foi ouvido na delegacia e liberado, ficando à disposição da polícia. O celular dele e da esposa ficaram com a polícia para serem analisados.