Nesta sexta-feira (28), uma comitiva da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) visitou Itajubá e Pouso Alegre para avaliar a situação da pandemia nos municípios. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que a região Sul é uma das que mais preocupa em relação à Covid-19.
Isso porque dados apresentados pelo Comitê mostram que a fila de espera por leitos de UTI no Sul de Minas aumentou nos últimos dias, especialmente na região de Passos. O secretário de Saúde explicou que macrorregião não apresentou uma queda importante da ocupação de leitos na onda roxa, e que “qualquer pico, mesmo pequeno, é capaz de gerar um estresse no sistema de saúde”.
A força-tarefa está realizando diagnóstico sobre a transferência de pacientes em regiões mais sobrecarregadas, intensificando as ações de conscientização e trabalhando para ampliar a oferta de leitos. Na quinta-feira (27), a comitiva esteve em Passos para acompanhar a situação do município, que está com o sistema de saúde sobrecarregado. Hoje, em Pouso Alegre e Itajubá, também no Sul de Minas.
A comitiva coordenada pela enfermeira Adriana Vilella Avila Castro e pelo Assessor do Secretário de Governo de Minas Gerais, Ibiraty Martins Junior, possui profissionais da Vigilância Epidemiológica, Sanitária e da Atenção Primária. “Nossa visita é preventiva, além de conhecer se é possível habilitar novos leitos de UTI e saber quais as dificuldades”, avaliou a coordenadora da ação.
Força-tarefa SES-MG
O plano de ação desenvolvido pela secretaria de Saúde avalia dois cenários nas regiões que estão inseridas na onda vermelha do Minas Consciente: assistencial, quando existe a possibilidade de sobrecarga do sistema de saúde da região; e epidemiológico, quando é observada o aumento da incidência da doença na região.
No primeiro caso, além das forças-tarefas in loco, é realizado o diagnóstico da ampliação de leitos, transferência de pacientes de leitos de UTI e clínicos entre as macrorregiões e a suspensão de cirurgias eletivas. Já no segundo caso, é realizada a análise da rede solidária de medicamentos, a possibilidade de doação de cilindros, a transferência de pacientes clínicos, reforço das ações de prevenção e o monitoramento de contatos.
“Buscamos um aprendizado com o que nós passamos em março e abril com a segunda onda e identificamos objetivamente quais são os indicadores que precedem uma piora importante assistencial. Criamos ações importantes com os prefeitos e prestadores de serviço, para ampliação de leitos e transferência de pacientes menos e mais complexos. São ações preventivas e corretivas para que a gente não precise de medidas tão restritivas e que tem um efeito colateral social e econômico muito grande”, afirma Fábio Baccheretti .
Ocupação de leitos em Itajubá e Pouso Alegre
A situação de leitos de tratamento intensivo nos dois municípios ainda preocupa. De acordo com boletim epidemiológico divulgado pelas prefeituras, a ocupação de UTI em Itajubá está em 100%. Em Pouso Alegre, a ocupação é de 92%, com apenas quatro leitos disponíveis. Já a ocupação de leitos clínicos está mais baixa nas duas cidades: Itajubá (24%) e Pouso Alegre (65%).