Leitos para Covid-19: Diretor do Samuel Libânio afirma que momento é delicado
Magson Gomes / 18 janeiro 2021
Magson Gomes / 18 janeiro 2021
Ocupação dos leitos de UTI beira os 100%, segundo último boletim epidemiológico sobre o coronavírus no município. Pouso Alegre e cidades vizinhas fecharam o comércio não essencial como medida de enfretamento da pandemia
O diretor técnico do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, Alexandre Hueb, gravou um vídeo para explicar a situação das vagas de leitos no principal hospital da região para o tratamento da Covid-19. Hueb afirma que o momento é delicado e que alcançou o ápice de ocupação.
“Durante os primeiros meses da pandemia, tivemos condições de recepcionar e acomodar os pacientes com Covid-19. Mas, neste momento delicado, os leitos que disponibilizamos para esses casos de Covid estão no ápice, estão no limite. Então, nós tomamos medidas junto a prefeitura no sentido de minimizar a necessidade desses leitos e alertar a população que as medidas de prevenção da disseminação do coronavírus devem ser seguidas para evitar que cheguemos a um colapso do sistema de saúde”, diz o diretor do hospital.
O médico ainda pede que as pessoas saiam de casa apenas se for de extrema necessidade. “Estamos aqui para oferecer o melhor para a população e queremos fazer isso da forma mais adequada”.
VEJA O VÍDEO:
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura de Pouso Alegre, no sábado com os dados referentes a sexta-feira (15), dos 30 leitos de UTI disponibilizados para o tratamento de Covid, 28 estavam com pacientes, o que representa 93.33% do total.
Com o sistema de saúde no limite, na sexta-feira, o prefeito de Pouso Alegre, Rafael Simões (DEM) assinou dois decretos com medidas de enfrentamento à Covid-19. O decreto Nº 5.235 ordenou o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais de serviços considerados não essenciais.
O segundo decreto do dia, o de número 5.236, autoriza a requisição de leitos de UTI dos hospitais particulares do município. Segundo o prefeito, entre os fatores que levaram à publicação do decreto estão: falta de consciência da população em adotar medidas de proteção contra o novo coronavírus; aumento do número de casos confirmados; grande demanda do hospital regional (já sem capacidade de atender os pacientes); e falta de oxigênio que o setor da saúde tem enfrentado.
Após o decreto, os comerciantes fizeram um protesto para pedir a reabertura de seus estabelecimentos. Eles se concentram na Praça Senador José Bento. Com camisetas e cartazes, afirmavam que a culpa para o aumento de casos não é do comércio. Em seguida, saíram em caminhada pelo Centro da Cidade.
Prefeitos de cidades que têm Pouso Alegre como referência se reuniram na manhã de sábado (16) e definiram também decretar o fechamento do comércio não essencial em seus municípios. O encontro foi realizado na prefeitura de Camanducaia, com a presença de prefeitos ou representantes de Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Estiva, Itapeva e Senador Amaral. Medida idêntica já havia sido tomada pela prefeitura de Congonhal.
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