Sonho de bailarina: Adolescente com surdez consegue aparelhos auditivos
Magson Gomes / 31 dezembro 2020
Magson Gomes / 31 dezembro 2020
Família de Bianca até iniciou uma campanha para arrecadar o dinheiro para a compra das próteses, mas o par de aparelhos veio através do SUS. O valor da ‘vakinha’ está sendo devolvido aos doadores identificados.
Bianca ensaia no próprio quarto durante a pandemia. Foto: Terra do Mandu, tirada durante a 1ª matéria sobre a campanha da família
A estudante Bianca Cristina, de 12 anos, já consegue ouvir o som dos pássaros e o barulho de uma torneira aberta. A adolescente de Pouso Alegre, Sul de Minas, que sonha em ser bailarina, foi diagnosticada com surdez moderada nos dois ouvidos. Agora, Bianca já está com o par de aparelhos auditivos, que vão garantir que, a menina que sonha ser bailarina, possa ouvir cada nota musical, cada som da natureza, cada ensinamento em sala de aula.
Diante da informação de que a chegada dos aparelhos através dos SUS demoraria de 12 meses a 18 meses, a família iniciou uma campanha de arrecadação dos R$ 13 mil necessários para a compra das próteses.
A reportagem do Terra do Mandu contou a história aqui (Família faz campanha para comprar aparelhos auditivos para adolescente em Pouso Alegre). Em seguida, o Instituto Sul Mineiro de Otorrinolaringologia (ISMO), que faz o atendimento via SUS, entrou em contato com a reportagem para informar que o par de aparelho da estudante já estava a caminho.
Segundo o ISMO, entre o envio do pedido e o recebimento dos aparelhos auditivos pelo SUS o prazo é mesmo de até 18 meses. Mas crianças e adolescentes até 15 anos, que estão em fase de desenvolvimento, têm prioridade e recebem os dispositivos em até 60 dias. Foi o que ocorreu com Bianca, que teve o pedido enviado em outubro.
A mãe de Bianca, Ana Marina dos Santos, conta que a filha está radiante de felicidade depois de colocar o par de aparelho.
Descobriu problema durante quarentena
Bianca está no sétimo ano do ensino fundamental e faz aula de ballet, como bolsista da Escola Luiz Henrique em Pouso Alegre. Ela é a filha única do casal Ana Marina e Rafael. Foi nesse ano, durante a pandemia, que os pais descobriram que a filha tem problema de audição.
“Nem na escola nenhum professor notou. Foi agora mesmo, na quarentena, que ela falou que não estava escutando. Levamos para exames e realmente não escuta bem. Precisava do aparelho para escutar melhor, como a gente”, explica Ana Marina.
“Como a gente ficava mais em casa com ela, começamos a perceber que o volume da televisão estava sempre alto demais para os nossos ouvidos”, contou o pai Rafael Dumont.
A fonoaudióloga Samanta Vieth fez a audiometria na estudante e confirma a necessidade de aparelho auditivo. “A gente até assustou com uma menina de 12 anos com uma perda de leve a moderada. O uso de aparelho, mais o tratamento é o recomendado para que ela não perca tempo no aprendizado de linguagem e socialização”, explica a fonoaudióloga.
Bianca entre os pais Ana Marina e Rafael. Foto: Terra do Mandu
Devolução da ‘Vakinha’
A ‘vakinha’ online fez par comprar o par de aparelhos auditivos arrecadou cerca de R$ 2 mil e foi encerrada pela família assim que tiveram a notícia da chegada das próteses na clínica através do SUS.
O dinheiro arrecadado está sendo devolvido às pessoas identificadas. O valor doado por pessoas anônimas será usado para a manutenção dos aparelhos.
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