Pouso Alegre

Voluntários navegam pelo rio Sapucaí Mirim para catar lixo e monitorar lançamento de esgoto clandestino

Terra do Mandu / 29 julho 2019

Foram 10 km pelo rio, desde a Fernão Dias até o encontro com o rio Mandu. Um vereador e um secretário municipal também participaram da ação que recolheu cerca de 50 kg de lixo.

Voluntário enche caiaque de garrafas pets encontradas no Sapucaí Mirim. foto: Ascom PMPA

No último sábado (27), um grupo de voluntários da ONG Manducaí, que trabalha pela preservação dos rios Mandu e Sapucaí, remaram por 10 quilômetros do Rio Sapucaí Mirim para mapear os pontos com lançamento de esgoto clandestino. Pelo caminho também eram recolhidos os materiais como garrafas pets, pedaços de isopor, sacos plásticos e lâmpadas encontradas no leito do rio. Foram retirados cerca de 50 kg desses materiais poluentes.

A ação teve a participação de cerca de 20 pessoas que desceram o rio em caiaques e barcos. O vereador Bruno Dias (PR) e o secretário municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Alberto Maia Valério, também desceram o rio.

O vereador Bruno Dias (PR) com garrafas pets retiradas do Sapucaí Mirim. Foto: Ascom/PMPA

O rio Sapucaí Mirim, assim como o rio Mandu são afluentes do rio Sapucaí. Quase um milhão de pessoas, de 48 cidades da região, sobrevive no entorno da Bacia do Rio Sapucaí. O rio Mandu, que atravessa Pouso Alegre e é o principal fornecer da água potável da cidade, por exemplo, já foi navegável e um importante espaço de lazer para os moradores Terra do Mandu em décadas passadas.

O secretário de Meio Ambiente, Alberto Maia, destacou a importância da ação que retirou material poluente e demarcou área de lançamento de esgoto diretamente no rio. “Esse material recolhido e o esgoto são exemplos do grave problema da poluição por que passa o Rio Sapucaí Mirim”, constata.

Apesar da gravidade ambiental ocasionada pelo lançamento de lixo no leito do Sapucaí Mirim, o vereador Bruno Dias ressalta que ainda é possível, com ações planejadas, resgatar a vida no rio. “O Sapucaí ainda tem vida, é navegável, encontramos bichos como capivaras. Ao contrário do Rio Mandu, que precisa de salvação e, em seu trecho urbano, está visivelmente morto”, afirma o vereador.

Secretário de Meio Ambiente observa esgoto caindo no rio. Foto: Ascom/PMPA

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