O Ministério Público já foi notificado do caso. Entre os exonerados estão a chefe de compras, a diretora administrativa e a ex-diretora executiva do hospital, hoje secretária municipal de Saúde de Pouso Alegre. O esquema teria ocorrido quando o prefeito Rafael Simões era presidente da fundação.
Uma auditoria realizada dentro no Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL), em Pouso Alegre, descobriu um esquema de desvio de materiais e medicamentos, além de exames em laboratório para outros fins. Após as investigações, cinco funcionários foram demitidos por justa causa e outros três respondem a um processo administrativo.
A reportagem do Terra do Mandu apurou que foram exonerados a diretora administrativa, a chefe de compras, a chefe de farmácia, o então chefe de laboratório da época do esquema e a diretora executiva do hospital do período do esquema, que se afastou do cargo para assumir a Secretaria Municipal de Saúde de Pouso Alegre, Sílvia Regina Pereira. As funções dos três funcionários que respondem a medidas administrativas não foram informadas.
Como era o esquema
A auditoria revelou que essas pessoas teriam autorizado a compra de materiais e medicamentos que foram enviados para fora do hospital. Teriam sido mais de cinco mil agulhas, litros de soro e caixas de antibióticos. A investigação interna também apontou que exames de animais foram realizados pelo laboratório do hospital. O tipo de exame e de que espécie de animal não foi informada.
O esquema teria ocorrido quando o prefeito Rafael Simões era o presidente da FUVS. As demissões ocorreram na última segunda-feira (27).
Ministério Público analisa o caso
O caso já foi passado para o Ministério Público. Nesta quinta-feira (30) o Terra do Mandu falou com o promotor Agnaldo Lucas Cotrim, que é o curador da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS), mantenedora do hospital. O promotor informou que já recebeu o ofício encaminhado pela FUVS comunicando as demissões e demais medidas tomadas. Ainda segundo o promotor, também foi enviado um DVD onde consta o teor da auditoria. Agnaldo Lucas Cotrim ainda vai analisar o material.
Entramos em contato com a Assessoria de Comunicação da FUVS que se limitou a informar que, após a descoberta do esquema, foram tomadas as medidas administrativas que cabiam à fundação.
O outro lado
Procuramos a assessoria do prefeito Rafael Simões e da secretária de Saúde Sílvia Regina Pereira, citados nesta reportagem, mas, até o momento não tivemos um retorno. Assim que enviarem o lado deles, será acrescentado aqui na matéria.
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