Justiça suspende licitação da prefeitura que terceiriza vigilância armada
Terra do Mandu / 28 julho 2018
Terra do Mandu / 28 julho 2018
Decisão liminar cabe recurso. Para o Ministério Público, a competência pela vigilância é da Guarda Municipal e cargos públicos devem ser ocupados através de concurso. Licitação da Prefeitura ocorreu no último dia 23. Empresa receberia quase R$ 100 mil mensais pelo serviço.
O juiz da 4ª Vara Cível de Pouso Alegre, Daniel Teodoro Mattos da Silva, concedeu a liminar pedida pelo Ministério Público Estadual para a suspensão da licitação da Prefeitura para a contratação de empresa prestadora de serviço de vigilância armada.
Em seu despacho, o juiz seguiu o mesmo entendimento do promotor Agnaldo Cotrim que entrou com a Ação Civil Pública, solicitando a liminar. O magistrado considera que a Prefeitura não poderia terceirizar o serviço de vigilância armada sendo que tal função está prevista na criação da Guarda Municipal. Ele também expõe em sua decisão liminar que a medida só poderia ser adotada caso não houvesse os cargos de guarda nos quadros do Município.
A licitação da Prefeitura foi realizada na última segunda-feira (23). A empresa vencedora do processo deveria colocar 20 vigilantes armados em revezamento de turno para trabalhar em prédios públicos indicados pelo município. O serviço iria custar R$ 94.500,00 por mês ao Município.
No mesmo dia do pregão, o promotor de justiça entrou com o pedido de liminar.
O juiz Daniel Teodoro informa que concede a liminar porque, caso contrário, “implicará no prosseguimento do processo licitatório com a contratação da empresa vencedora e, via de consequência, gastos ao erário”.
“Ademais, ainda que a terceirização do serviço de vigilância atenda a economicidade e a eficiência, conforme sustentado nos memoriais do Município, não podemos esquecer que se está diante da Administração Pública, a qual deve observar os princípios da legalidade, impessoalidade e o provimento de cargo público mediante concurso”.
O magistrado ainda ponderou que “não se trata de interferência do Poder Judiciário nas políticas públicas do Executivo Municipal, mas no controle da legalidade do ato administrativo”.
A decisão liminar cabe recurso.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Pouso Alegre informou que vai recorrer da decisão que suspendeu o processo licitatório que visa à contratação de vigilância armada. “Tal contratação, que não substitui o valoroso papel da Guarda Civil Municipal, tem por objetivo conter invasões e depredações, principalmente em postos de saúde, escolas e centros de esportes, inibindo prejuízos que, lamentavelmente, vem sendo suportados por toda população pouso-alegrense”, diz a nota enviada pela Assessoria de COmunicação.
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