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Dois funcionários da FUVS são demitidos após instalação de câmera escondida no prédio da presidência

No último dia 09, dois assessores da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS) foram demitidos por justa causa após pedirem a instalação clandestina de equipamento de monitoramento e gravação no corredor de acesso às salas da presidência. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Militar e o caso passou a ser investigado pela justiça. A instalação da câmera escondida foi realizada sem o conhecimento do Conselho Diretor da Fundação, e não fazia parte do sistema de segurança da instituição.

A reportagem do Terra do Mandu apurou que a câmera clandestina foi instalada no dia 16 de março e foi descoberta uma semana depois. O equipamento gravava todo conteúdo em HD próprio, não direcionava as imagens para o circuito de câmeras de vigilância, fora do padrão adotado pela segurança da FUVS.

Os dois funcionários demitidos são um assessor administrativo e uma assessora jurídica. Segundo apuração da reportagem e que consta no processo administrativo, o equipamento foi colocado por uma empresa de segurança a pedido do assessor demitido. O assessor teria alegado que pediu a instalação da câmera camuflada porque havia sido furtada uma calculadora e um quantia em dinheiro de sua carteira, numa sala que fica nesse setor. Porém, não há registro desse furto, nem é de conhecimento do Conselho Diretor. A assessora jurídica demitida por justa causa teria orientado a instalação do sistema de vigilância clandestino.

Membros da Assembleia Geral da FUVS fizeram um comunicado, enviado à justiça, contra as demissões, alegando que os assessores cumpriram suas funções e que o pagamento de questões trabalhistas onerará a Fundação, sendo assim, pedem o cancelamento das demissões por justa causa.

Disputa política

Desde o meio do ano passado, a justiça interveio e mudou a presidência da FUVS. O Conselho Diretor eleito internamente em maio de 2017 não respeitou a lei que criou a Fundação e foi destituído pela justiça e um Conselho Interino foi nomeado. O novo conselho diretor definitivo será nomeado pelo governador do Estado. A eleição para indicação dos nomes foi realizada, mas está sendo questionada judicialmente.


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