Dois funcionários da FUVS são demitidos após instalação de câmera escondida no prédio da presidência
Terra do Mandu / 14 abril 2018
Terra do Mandu / 14 abril 2018
No último dia 09, dois assessores da Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí (FUVS) foram demitidos por justa causa após pedirem a instalação clandestina de equipamento de monitoramento e gravação no corredor de acesso às salas da presidência. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Militar e o caso passou a ser investigado pela justiça. A instalação da câmera escondida foi realizada sem o conhecimento do Conselho Diretor da Fundação, e não fazia parte do sistema de segurança da instituição.
A reportagem do Terra do Mandu apurou que a câmera clandestina foi instalada no dia 16 de março e foi descoberta uma semana depois. O equipamento gravava todo conteúdo em HD próprio, não direcionava as imagens para o circuito de câmeras de vigilância, fora do padrão adotado pela segurança da FUVS.
Os dois funcionários demitidos são um assessor administrativo e uma assessora jurídica. Segundo apuração da reportagem e que consta no processo administrativo, o equipamento foi colocado por uma empresa de segurança a pedido do assessor demitido. O assessor teria alegado que pediu a instalação da câmera camuflada porque havia sido furtada uma calculadora e um quantia em dinheiro de sua carteira, numa sala que fica nesse setor. Porém, não há registro desse furto, nem é de conhecimento do Conselho Diretor. A assessora jurídica demitida por justa causa teria orientado a instalação do sistema de vigilância clandestino.
Membros da Assembleia Geral da FUVS fizeram um comunicado, enviado à justiça, contra as demissões, alegando que os assessores cumpriram suas funções e que o pagamento de questões trabalhistas onerará a Fundação, sendo assim, pedem o cancelamento das demissões por justa causa.
Disputa política
Desde o meio do ano passado, a justiça interveio e mudou a presidência da FUVS. O Conselho Diretor eleito internamente em maio de 2017 não respeitou a lei que criou a Fundação e foi destituído pela justiça e um Conselho Interino foi nomeado. O novo conselho diretor definitivo será nomeado pelo governador do Estado. A eleição para indicação dos nomes foi realizada, mas está sendo questionada judicialmente.
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