O rapaz de 27 anos estava acompanhando do advogado. Depois de ouvido, ele foi liberado.
Quatro dias depois de atropelar três cachorros de rua em Pouso Alegre (MG), matando um deles, o motorista de 27 anos se apresentou na delegacia. O rapaz estava na companhia de seu advogado, prestou depoimento e foi liberado.
Ontem, o delegado Clauber Marcel já havia adiantado que o advogado tinha ido à delegacia para acertar a apresentação de seu cliente. O delegado não passou detalhes do depoimento do motorista. O motorista não assumiu que teve a intenção de atropelar os animais. As imagens de câmeras de imóveis da rua mostram que o carro muda de trajetória, indo pra cima dos cães. Veja vídeo abaixo.
Após depoimento, o motorista assinou um TCO e foi para casa. Ele será enquadrado no artigo 32 da Lei 9.605. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
O caso
A batida nos cães foi tão forte que o para-choque do carro se solta. O motorista ainda volta para buscar a peça que caiu na rua. Ele desce do carro e pega o material, deixando os cachorros agonizando no local.
A cena revoltou os moradores de Pouso Alegre. Milhares de pessoas compartilharam as imagens divulgadas nas redes sociais e pediram a prisão do autor. Outras pessoas de outras regiões de Minas Gerais e até de outros estados também ficaram indignadas com o caso. Defensores dos animais se manifestaram pedindo justiça, com a prisão do homem.
Ainda no domingo, a polícia conseguiu chegar até o motorista. Mas apenas o carro estava na casa dele.
Moradores cuidavam dos animais
Uma moradora contou que Lélo e o irmão Tuck viviam na rua e eram cuidados pelas pessoas do local. Janete Coelho disse que o filho dela alimentava e prestava outros cuidados para os cães de rua. Foi ele quem fez o enterro do Lélo no domingo. Tuck recebeu os cuidados numa clínica veterinária e está na casa de Janete, em observação. “Eles sempre foram cuidados por nós com muito amor. Se ficam doentes, são devidamente tratados. E olha que é difícil cobrir estes gastos. Mas nunca deixamos de tratar deles quando é preciso”, conta a moradora.
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