Veja o que eles reivindicam e quanto ganham por dia pedindo esmolas.

Andar pelas ruas e praças centrais de Pouso Alegre é se deparar a cada esquina com uma pessoa pedindo esmolas. Situação que, com o crescimento e localização estratégica da cidade, parece aumentar a cada dia.

Nessa semana, a reportagem do Terra do Mandu cobria o protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista quando dois recém-chegado em Pouso Alegre, ali, sentados à beira do passeio enquanto a passeata passava, também faziam suas reivindicações. Eles querem dinheiro, uma moedinha para garantir, dizem eles, a próxima refeição. Ah, também querem que o Temer saia e que o Brasil volte a gerar empregos.

Assista ao vídeo:

O aumento da população de pessoas em situação de rua em Pouso Alegre tem sido assunto corriqueiro pela cidade. Seja entre os políticos, toda semana esse tema é abordado entre os vereadores, seja nas praças, nos pontos de táxi, ou quem passa pelos semáforos da região central.

Recentemente, a prefeitura informou que havia cerca de 150 pessoas vivendo nas ruas de Pouso Alegre.

O taxista João Batista que trabalha há 20 anos na Praça Dr. Garcia Coutinho, atrás da Catedral, disse, numa reportagem anterior sobre o assunto, que o número de pessoas em situação de rua só tem aumentado no local. “Rapaz, não tem cura. Todo dia chega dois, três diferentes. E os caras ficam aqui, bebem cachaça o dia inteiro, pede dinheiro o dia inteiro e cada um tem três cachorros”, constata o taxista.

A assessoria da prefeitura tem informado que as equipes da secretaria de Desenvolvimento social têm feito um trabalho com essas pessoas em situação de rua. “A equipe do Cel Braga [secretário de Desenvolvimento Social] tem feito um trabalho exemplar e nunca antes realizado em Pouso Alegre, monitorando os cidadãos que encontram-se à margem da sociedade, oferecendo recuperação através dos apoiadores sociais e os encaminhando às famílias. Porém, o trabalho é gradativo e demanda não apenas tempo, mas também a vontade dessas pessoas mudarem de vida”.