O corpo de Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, foi enterrado às 8h da manhã desta terça-feira (17/6), no Cemitério Municipal de Pouso Alegre, no Sul de Minas. O corpo da jovem chegou no Sul de MG no fim da tarde desta segunda, sob muita comoção e emoção na Funerária Santa Edwiges, onde Juliana foi velada.
A psicóloga é a única vítima fatal na queda de um balão em Capela do Alto/SP no último domingo (15/6). O corpo dela foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga/SP, somente na manhã desta segunda-feira.
Parentes e amigos já aguardavam no local do velório em Pouso Alegre e lamentaram a morte da psicóloga. Uma amida dela conversou com a repórter Nayara Andery, destacando a tristeza pela perda da jovem psicóloga.
O acidente ainda está sendo investigado e não há informações do que causou a queda. O piloto foi preso e responderá por homicídio culposo, pois a empresa estava operando de forma irregular, segundo órgãos oficiais.
Juliana Alves Prado Pereira era psicóloga formada pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), onde chegou a trabalhar. Ela atuava na área de recrutamento e seleção e chegou a oferecer psicoterapia on-line. Segundo os familiares do esposo da vítima, eles eram recém-casados.
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O voo e prisão do piloto
A queda do balão ocorreu por volta das 07h30. A ocorrência foi atendida, em um primeiro momento, pela Guarda Civil Municipal de Capela do Alto. O balão transportava 33 turistas, e mais duas pessoas da empresa responsável pelo voo.
Juliana foi a única vítima grave do acidente, que evoluiu para morte já no hospital. Outras dez pessoas tiveram ferimentos leves e precisaram de atendimento médico, segundo informou a GCM.
“As ambulâncias do serviço de saúde de Capela do Alto prestaram atendimento às onze vítimas envolvidas no acidente, removendo-as para o Pronto-Socorro municipal. Infelizmente, uma mulher não resistiu aos ferimentos e veio a óbito na unidade hospitalar”, informou a GCM em nota.
O local do acidente foi preservado para os trabalhos periciais da Polícia Científica e para a investigação a ser conduzida pelo CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), por meio do SERIPA IV (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que é o órgão competente para averiguar as circunstâncias do ocorrido, no âmbito de segurança de voo.

Balão transportava 35 pessoas, sendo 33 turistas, segundo a GCM de Capela do Alto. Imagem: reprodução
O voo tinha saído da cidade de Boituva, que fica a cerca de 25 quilômetros de Capela do Alto. A Confederação Brasileira de Balonismo confirmou ao Terra do Mandu que o voo feito pela empresa seria irregular, que estaria atuando de maneira clandestina.
O piloto do balão foi conduzido para depoimento na Polícia Civil e acabou preso por homicídio culposo. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.
Isso porque a administração citou que a empresa responsável pelo balão já havia sido lacrada anteriormente por irregularidades e, em seguida, retornou às atividades sob outro CNPJ, em completo desrespeito às normas de segurança.
A Prefeitura cita ainda que segundo o Boletim de Ocorrência, o piloto permanece preso em Tatuí, indiciado por homicídio culposo agravado pelo exercício irregular de atividade de risco e por operar equipamento aéreo sem certificação adequada.
Encerrou, dizendo que o responsável legal (reincidente) pela empresa proprietária da aeronave ainda não se apresentou à Polícia. Nenhuma nota foi emitida pela Prefeitura de Capela do Alto/SP, onde aconteceu o acidente neste dia 15 de junho de 2025.