Região

Câmara de SRS rejeita abertura de cassação de vereador por preconceito religioso

Dito Pistola comemorou que Câmara negou abertura do pedido de cassação. Nova denúncia o acusa de maus tratos animal e tramita no legislativo.

Nayara Andery / 14 março 2025

Abertura de pedido de cassação do vereador Dito Pistola é rejeitada por Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí. Ele foi denunciado após fala de preconceito religioso, ao apontar que problema de trânsito em cruzamento perto da Câmara deve ter sido causado por “macumba”.

O pedido de cassação era por possível quebra de decoro parlamentar. A sessão aconteceu nesta terça-feira (12/03), após pedido da Associação Cultural José do Patrocínio. Dito comemorou o resultado a favor dele o resultado, com novos vídeos publicados nas redes sociais.

Uma nova denúncia contra o vereador tramita na Câmara. Ele é acusado de maus tratos animais, por um vídeo em que postou onde aparece com um cachorro poodle pintado totalmente de rosa, durante o Carnaval. A denúncia foi entregue ao Conselho de Ética da Câmara Municipal.

Denúncia que pediu a cassação

A associação registrou boletim de ocorrência contra Dito Pistola e alegou a necessidade de cassação. Isso ocorreu após o vereador publicar vídeo em janeiro, usar termo ligado à religiosidade para criticar a obra feita na última gestão da prefeitura, no cruzamento perto da Câmara. O local já teve acidente fatal.

O vídeo apagado das redes sociais, foi salvo pela população. “Estou aqui no trevo da discórdia. Tomara que seja a última vez que eu venho fazer vídeo aqui. Essa vergonha que foi feita aqui, isso aqui para mim é macumba”, fala.

E, acrescenta “pro ex-prefeito não ter competência de tirar isso aqui, para mim isso aqui é macumba”, “é macumba que fizeram aqui, isso aqui para mim é macumba”.

Polêmicas envolvem o vereador

Em julho de 2024 a Polícia Civil abriu inquérito para investigar denúncia de racismo contra Dito Pistola. Vídeo postado por ele nas redes sociais, criticou obra da prefeitura citando que aquilo “não era serviço de branco”.

População e autoridades o criticaram em redes sociais. Um boletim de ocorrências foi registrado por racismo.  A reportagem procurou o vereador e a câmara, que não se pronunciaram, na época.

Depois veio a acusação de preconceito religioso, em 2025 e o novo pedido de cassação, após o Carnaval.

Crime de intolerância religiosa

Esse crime é inafiançável. O artigo 20 da Lei Federal nº 9.549/1997, determina como crime o ato de ‘praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa’.

A lei é ainda mais severa para quem tenta atrapalhar, impedir ou usa violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. De acordo com a Lei nº 20.451/ 2019, a pena é de dois a cinco anos de prisão.

Após fala de preconceito religioso, Associação pede cassação de vereador Dito Pistola

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