Com prejuízos, comerciantes cobram demora em obra do Villefort em Pouso Alegre
Terra do Mandu foi acionado por comerciantes na Avenida Levino Ribeiro do Couto, onde o trânsito está impedido; Prefeitura emitiu nota
Iago Almeida / 17 dezembro 2024Terra do Mandu foi acionado por comerciantes na Avenida Levino Ribeiro do Couto, onde o trânsito está impedido; Prefeitura emitiu nota
Iago Almeida / 17 dezembro 2024A prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas, anunciou a interdição da Av. Levino Ribeiro do Couto, na região do terminal rodoviário em maio deste ano. O motivo seria uma obra na avenida, devido a construção de um supermercado da rede Villefort. Em 17 de dezembro de 2024, a obra continua sem prazo para encerramento.
A unidade do Villefort está sendo construída num terreno de 9.500 metros quadrados, às margens da Avenida Perimetral, esquina com a Travessa Guido Boschi, ao lado do pátio do Terminal Rodoviário. O local, que é na área central da cidade, vem recebendo diversas críticas por parte da população.
Devido a situação, com ruas importantes interditadas ao redor da obra, o Terra do Mandu foi acionado por comerciantes da avenida. Empresários, comerciantes e ambulantes relatam prejuízo por falta de clientes, pela interdição da rua, que já dura sete meses. Eles pedem uma solução urgente e criticam a demora no serviço.
A obra chegou a ser embargada pela prefeitura em novembro, que alegou falta de segurança. O embargo estava fundamentado na Lei Municipal nº 6.570/2022. A decisão, no entanto, não incluía a obra de alteração de servidão, que deveriam continuar no local.
O que está sendo feita é uma modificação da galeria pluvial e do sistema de esgotamento sanitário no terreno (obra chamada de alteração do servidão). Para que o empreendimento pudesse ser construído no local, essa área foi fechada e o fluxo das águas desviado por meio de um conjunto obras que consistia basicamente na inserção de uma tubulação subterrânea que passa pelas Avenidas Levino Ribeiro do Couto e Perimetral.
Na época, o Terra do Mandu procurou o Villefort, que informou que não iria se pronunciar no momento sobre o embargo da obra de construção do Atacarejo. Agora, sobre a reclamação dos comerciantes, a empresa também não retornou nosso contato.
Segundo a empresa CEMA (Central Mineira Atacadista Ltda), no mês de outubro, houve falhas na execução das obras de drenagem nas avenidas. Em uma nota enviada à imprensa, a empresa chegou a criticar o serviço realizado por outra empresa terceirizada, na época, informando abandono de obra.
De acordo com a empresa, dona do Villefort, houve a contratação de uma construtora para realizar os serviços de galerias de águas pluviais e esgoto. No entanto, a empresa terceiriza não cumpriu o contrato e abandonou a obra, segundo informou o grupo Villefort ao Terra do Mandu.
O Terra do Mandu não conseguiu contato com a CM Construções e Incorporações, acusada pela Villefort, mas deixa o espaço aberto caso a empresa queira se pronunciar. O investimento total da obra gira em torno de R$ 40 milhões em obras e equipamentos.
O Terra do Mandu procurou a Prefeitura de Pouso Alegre, que respondeu por meio de nota, informando que tem adotado todas as medidas necessárias e rigorosamente previstas na legislação para garantir a segurança e minimizar os transtornos ocasionados pela obra.
Segundo o Executivo, a obra foi parcialmente desembargada para a execução de ações consideradas urgentes e de risco, com a devida anuência do Ministério Público, que tem trabalhado em conjunto com o município para encontrar as melhores soluções.
A prefeitura disse ainda que tem fiscalizado e notificado a empresa para sanar as irregularidades. Uma multa de R$ 438 mil reais chegou a ser aplicada contra a empresa. Confira abaixo a nota completa da Prefeitura:
A rede Villefort Atacarejo foi fundada em 1988, em Minas Gerais. Possui 30 lojas no estado, localizadas em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Montes Claros, Divinópolis, Juiz de Fora, Santa Luzia, Coronel Fabriciano, Itabira, Ipatinga, Uberaba e Sabará, além das duas unidades em Goiás, sendo uma em Jataí e outra em Goiânia.
Nas unidades é disponibilizado um mix de produtos diferenciados, com mais de 12 mil itens, incluindo alimentos, bebidas, perecíveis, higiene, limpeza, bazar, bomboniere, cereais, matinais e tabacaria. O Villefort destaca que “possui fornecedores parceiros que garantem a qualidade dos produtos”.
O grupo relata ainda que está presente nos principais polos comerciais, abastecendo todas as cidades vizinhas do entorno das lojas, a fim de atender as necessidades dos clientes. As lojas oferecem serviços completos de açougue, padaria e hortifruti.
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