Vanilton Alves, que era morador da cidade, ficou submerso e foi encontrado pelos Bombeiros; outras três pessoas foram para hospitais da região
Iago Almeida / 02 janeiro 2024Os Bombeiros resgataram o corpo do copiloto do helicóptero que caiu no Lago de Furnas, em Capitólio, no sul de Minas. Vanilton Alves, de 45 anos e que era morador da cidade, tinha ficado submerso no acidente, na manhã desta terça-feira (02/01).
As primeiras informações citam que Vanilton Alves, conhecido como Du Brejo, era consultor náutico, tinha uma empresa de aluguel de barcos e jetskis e estava realizando um curso para se tornar piloto. Segundo moradores, ele trabalhava para o dono da aeronave que caiu. Ele deixou a esposa e um filho.
Foto: redes sociais
Após achar o corpo, foi iniciada a operação de flutuação da aeronave para concluir a perícia aeronáutica. Um vídeo registrado por uma câmera de segurança de um rancho no local, mostra o momento da queda às 9h03. Veja abaixo:
Além de Vanilton Alves, outras três pessoas estavam no helicóptero que caiu em Capitólio. A aeronave tinha sido fretada para realizar um passeio e estava no primeiro voo do dia. Isso porque outras programações estavam previstas para ocorrer ao longo do dia.
O piloto Lucas Chaves Ávila e a passageira Julia Mendonça Silva Bernardes, de 22 anos, foram levados para a Santa Casa de Piumhi. Lucas tinha suspeita de fratura na coluna, enquanto Júlia estava com dores pelo corpo e sem suspeita de fraturas.
A terceira vítima, ainda não identificada, foi encaminhada para o hospital de Passos. Segundo relatos ela estaria sem o movimento nos membros inferiores. Os hospitais não divulgaram o estado de saúde dos três.
Por meio do Comando do 1º Distrito Naval, a Marinha do Brasil (MB) informou que, assim que tomou conhecimento do acidente, a Delegacia Fluvial de Furnas (DelFurnas) enviou uma equipe de busca, salvamento e resgate ao local para prestar socorro às vítimas.
Equipes de resgate e mergulhadores do Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e equipes policiais também participaram dos atendimentos no local.
Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o helicóptero de matrícula PP-MMA, modelo EC 120 B, foi fabricado em 2009. A aeronave pertence a ‘Âncora MG Participações Societárias LTDA’, pode transportar até quatro pessoas e peso máximo de decolagem de 1.715 kg.
Ainda conforme dados da ANAC, consta operação negada para táxi aéreo, o que, conforme a assessoria do órgão, significa que a aeronave não tem autorização específica para realizar operações desta natureza, não que haja alguma irregularidade no registro em si.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que vai investigar o caso. “Uma equipe de policiais civis e da perícia oficial foram deslocados para realizar os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios que subsidiarão a investigação”, informou.
Além disso, a PC ainda confirmou que a vítima fatal tinha 44 anos e que o corpo foi encaminhado ao Posto Médico-Legal, em Passos, para ser submetido ao exame de necropsia.
“Capitólio: Polícia Civil atua em conjunto com o Corpo de Bombeiros MG no atendimento às vítimas socorridas após a queda de um helicóptero, na manhã desta terça-feira (2/1), no lago de Furnas, em Capitólio. A aeronave transportava quatro passageiros, sendo três deles,dois homens e uma mulher, resgatados e encaminhados para o devido atendimento médico-hospitalar. Um homem, de 44 anos, morreu no local e o corpo encaminhado ao Posto Médico-Legal, em Passos, para ser submetido ao exame de necropsia”, informou o início da nota.
O piloto do helicóptero, Lucas Chaves Ávila, é de Belo Horizonte e se formou em um curso de piloto privado de avião entre 2014 e 2015. Em seu perfil no LinkedIn, Lucas afirma que tem mais de 600 horas de voo e experiência em pelo menos cinco estados diferente, incluindo Minas Gerais.
Nas redes sociais, Lucas Ávila, tem diversas fotos pilotando e com descrição de piloto de helicóptero. “São sete anos de dedicação à aviação, entre Faculdade de Aviação Civil, e posteriormente especialização teórica em cursos voltados para a área de SGSO. Minha jornada inclui experiência em diversos cenários, desde operações compartilhadas, até voo executivos, sempre comprometido com a segurança, eficiência e excelência operacional”, escreveu ele.
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