Prefeitura de Pouso Alegre oferece 2,8% e profissionais da educação pedem 14% para equipar piso nacional da categoria.

Um grupo de professores da rede municipal de ensino de Pouso Alegre, Sul de Minas, foi à Câmara Municipal durante a sessão ordinária desta terça-feira (20) protestar e cobrar apoio dos vereadores para um reajuste nos salários acima que que foi oferecido pela prefeitura. A administração fez a proposta de 2.8% de reajuste, mas os profissionais do magistério querem 14% e ainda não houve acordo.

O salário dos professores em Pouso Alegre é de R$ 2.165,58. O piso nacional reivindicado pelos profissionais é de R$ 2.455,35.

Durante o uso da tribuna, a maioria dos vereadores, até mesmo da base do prefeito Rafael Simões (PSDB) manifestaram apoio à luta dos professores. A presidente do sindicato dos profissionais da educação, Dulcineia Costa, afirma que, em assembleia, os educadores não aceitaram a oferta da administração e diz que a reivindicação continua, mesmo com o executivo dando por encerradas as negociações.

“O que nós estamos pedindo de reajuste é simplesmente o que determina a Lei do Piso Salarial Nacional. O que nos foi oferecido foi apenas 2.8%, o que significa muito menos do que foi o reajuste da Lei do Piso Salarial Nacional e significa um percentual vergonhoso diante da arrecadação do município de Pouso Alegre”, afirma Dulcineia.

Para justificar o pedido de reajuste de 14%, a presidente do Sipromag apresentou aos vereadores dados do orçamento do município, para 2018 mais de R$ 600 milhões, e da folha de pagamento da prefeitura, dentro do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Então, nós temos certeza que o município poderia dar o reajuste não só de 14%, mas até de 24%, se quisesse. Mas nós estamos pedindo o mínimo” afirma a presidente.

A data base para o reajuste da educação é o mês de janeiro. O prefeito deve enviar nos próximos dias o projeto de lei para ser votado pelos vereadores. Após a aprovação, o reajuste deve ser pago retroativo a janeiro.

Pouso Alegre tem mais de dois mil profissionais da educação municipal.

Nota Prefeitura

Pedimos nota retorno para a prefeitura, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos resposta. Assim que recebermos, atualizaremos a notícia.

Vereadores pedem saída de secretária de educação

Não foi a primeira vez que vereadores pediram a saída da secretária Leila Fonseca da pasta da Educação. Durante a sessão desta semana, parlamentares criticaram a postura da secretária depois que o Sipromag enviou ofício relatando uma mensagem por whats app da secretária para um supervisor pedagógico da rede.

Na mensagem de whats, Leila reclama do supervisor Gilberto Balbino ter questionado uma colega dele sobre marcações de reuniões noturnas, fora da carga horária. A secretária criticou o educador e ainda afirmou que “meu respeito e admiração pelo seu trabalho esvaíram diante da arrogância de atacar o nosso pedagógico”, descreve o documento lido durante a sessão de ontem.

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