Notícia

Morte de psicóloga encontrada dentro de carro segue sem respostas após três meses

Polícia Civil informou que as investigações ainda não foram concluídas, e que mais informações serão repassadas após a conclusão do inquérito policial.

Gabriella Starneck / 22 novembro 2021

Marilda Matias tinha 37 anos e trabalhava em Careaçu. Foto: reprodução Instagram

A morte da psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, que foi encontrada amarrada dentro do porta-malas do carro, em Pouso Alegre, segue sem respostas. Nesta segunda-feira (22), completam três meses que o corpo foi encontrado, mas as investigações ainda não foram concluídas e seguem em sigilo.

“Sobre o fato, as investigações estão em curso, e sob sigilo, a cargo da Delegacia de Polícia Civil Especializada em Homicídios, na cidade de Pouso Alegre. As informações serão repassadas assim que a Polícia Civil concluir o Inquérito Policial, para não comprometer o andamento da investigação”, diz a nota da Polícia Civil.

A reportagem do Terra do Mandu também entrou em contato com o advogado da família de Marilda Matias Ferreira. Fábio Costa disse que, até o momento, não tem atualizações sobre o caso.

“A última atualização que eu, enquanto advogado da família, obtive é que estavam esperando o laudo definitivo para saber qual a causa da morte da psicóloga. No meu entendimento, esse prazo já está um pouco excedido, então por isso eu pretendo na próxima semana ir até a cidade de Pouso Alegre para cobrar pessoalmente a vinda desse laudo, porque será de suma importância para ter o desfecho total desse caso – saber se nós teremos de fato um suicídio ou homicídio”, afirma o advogado da família.

Até o momento, sabe-se que a psicóloga morreu por asfixia, mas apenas o exame toxicológico vai apontar a real causa da morte. A reportagem do Terra do Mandu apurou que os exames já ficaram prontos e que o inquérito está em fase final. Porém, mais detalhes só serão divulgados após o término das investigações.

Marilda foi encontrada morta dentro do porta-malas

Psicóloga foi encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro, em Pouso Alegre. Foto: Terra do Mandu

A psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro no dia 22 de agosto, em Pouso Alegre. O veículo estava estacionado na garagem da casa da vítima. Quem encontrou o corpo e chamou a polícia foi o marido da psicóloga, um médico veterinário, de 62 anos.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava como os pés e as mãos amarradas, com roupa e capacete de ciclismo, e sem sinais aparentes de violência. Na casa onde a psicóloga morava também não havia indícios de arrombamento. Na ocasião, o delegado regional, Renato Gavião afirmou que que nenhuma hipótese estava descartada.

“A vítima foi localizada sem nenhum sinal de violência, nenhum sinal de arranhão, nenhum sinal de injeção ou qualquer coisa do tipo. Então, hoje a Polícia Civil trabalha com todas as hipóteses. Não podemos falar em crime de homicídio, não podemos falar em suicídio até a conclusão da investigação,” afirma o delegado.

Depoimento do marido

Em depoimento prestado à polícia, o marido da vítima disse que estava trabalhando na fazenda onde presta serviço, no município de Careaçu, quando recebeu uma mensagem da esposa, no dia 21 de agosto, dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar até Borda da Mata.

O marido contou que chegou em casa por volta das 16h30 e que a esposa não estava. Naquele momento, ele não achou estranho porque ela teria falado que chegaria mais tarde do passeio. Porém, mais tarde ela não apareceu, e ele começou a procurar em hospitais e delegacia – mas não teve notícias da psicóloga.

O homem ainda relatou que ficou a noite acordado, preocupado, já que os pertences da vítima estavam em casa, como celular, bolsa e outros objetos. Na manhã do dia seguinte, o marido resolveu abrir o carro da esposa, que estava na garagem, e encontrou Marilda sem vida no porta-malas.

De acordo com a Polícia Civil, tudo o que o marido disse no depoimento foi confirmado, e não há nada que incrimine o médico veterinário no caso.

Mais Lidas