O morador de rua foi atropelado no início do mês, no Centro de Pouso Alegre. O motorista fugiu. A família de Raul mora em São Gonçalo do Sapucaí. Mas ele não quis voltar para a casa dos parentes, nem ir para o Albergue Municipal e foi para casa de um amigo no São Geraldo. 

Fábio Arruda, conhecido como Raul se recupera de atropelamento. Foto: cedida pela Pastoral de Rua

Fábio Arruda, apelidado como ‘Raul Seixas’, deixou o hospital das Clínicas Samuel Libânio na última quarta-feira (22), depois de 17 dias internado. Raul foi atropelado por um carro no início do mês, no Centro de Pouso Alegre. O motorista fugiu sem prestar socorro.

‘Raul’, que é morador de rua, foi atropelado na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios, próximo à Avenida Perimetral. Ele sofreu fratura exposta na perna esquerda e foi socorrido pelo SAMU e levado para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, onde passou por cirurgia. ‘Raul’ está usando um fixador externo de metal na perna, também conhecido como ‘gaiola’.

Fábio Arruda costumava ficar nos semáforos do Centro de Pouso Alegre fazendo algum tipo de ‘malabarismo’ e pedindo esmolas. Bem humorado, ‘Raul’ é querido por muitas pessoas na cidade.

‘Raul’ teve fratura exposta em uma das pernas e foi socorrido pelo SAMU. O motorista do carro não foi localizado. Foto: Mário Barone/ arquivo Terra do Mandu

Após deixar o hospital, ‘Raul’ aceitou ficar na casa de um amigo no bairro São Geraldo, onde recebe os atendimentos de uma equipe do Consultório de Rua, um dos braços do serviço voluntário realizado pela Pastoral de Rua. A secretaria municipal de Políticas Sociais também presta assistência ao homem, que tem cerca de 50 anos.

Ao deixar o hospital, foi oferecido para ‘Raul’ ficar no albergue municipal. A família dele que mora em São Gonçalo do Sapucaí também quis leva-lo para casa. Mas ele aceitou ficar apenas na casa desse amigo no São Geraldo.

Segundo informou a equipe do Consultório de Rua ao Terra do Mandu, Fábio Arruda está recebendo medicações diárias como antibióticos, antiinflamatórios, analgésicos, entre ouros medicamentos.

Fábio Arruba deverá passar pelo Centro de Apoio Psicossocial (Caps), órgão da prefeitura, para ajudar em seu tratamento para tentar largar os vícios que o faz preferir as ruas.