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Cachaça Dona Diva, produzida em Pouso Alegre, vence concursos no Brasil e exterior

Cachaça Dona Diva, produzida em Pouso Alegre/MG, vence concursos no Brasil e no exterior

Das cinco cachaças produzidas no Alambique Dona Diva, em Pouso Alegre/MG, três foram premiadas nos dois primeiros concursos em que a marca participou. Isso deu 100% de aproveitamento para o alambique, gerido por pai, filhas e genro, e que homenageia a matriarca da família, Dona Diva.

O Terra do Mandu foi até a propriedade, que fica no bairro rural Anhumas, com entrada às margens da MG-290, rodovia entre Pouso Alegre-Borda da Mata. Nossa equipe conheceu os equipamentos, as cachaças, a área de descanso da bebida símbolo de Minas Gerais.

O Alambique fica aberto para visitação de segunda a sábado. Turistas de vários países também já visitaram o local, como Israel, Alemanha, Inglaterra, EUA, Bélgica e outros. E é um turismo de experimentação, porque além de conhecer o alambique, o turista pode degustar as cachaças, que também estão à venda no local.

“Verdadeiro Cachaceiro”

O alambique teve seus primeiros passos através de um sonho do senhor Antônio Renato de Souza, quando ele ainda era jovem e morava na zona rural de Poço Fundo/MG. Junto do avô, Sr. Antônio foi crescendo junto das cachaças produzidas pela família. Mas, um fato curioso é que senhor Antônio não bebe!

“Só que eu era criança, a gente não tinha muita noção como era. Depois que eu resolvi vir pra roça, comprei esse sítio, eu pensei em montar um alambique, para fazer cachaça, só que eu não tomo cachaça, eu sou amante da produção de cachaça. Então eu sou o famoso cachaceiro”, terminou Sr. Antônio Renato, em meio às risadas.

Foto: Terra do Mandu

Para aprimorar ainda mais o negócio da família, as irmãs Renata Iris de Souza Fraga e Regilene de Souza, filhas de S. Antônio, foram atrás de conhecimento. Elas participaram de um curso de produção de cachaças de qualidade na USP – Universidade de São Paulo.

Regilene é tabeliã de notas, enquanto Renata é registradora de imóveis. As duas são concursadas no Estado de Minas Gerais. Mas, a paixão delas é mesmo a mão na massa para produção das cachaças especiais da família.

“A gente acompanhou tudo desde o começo. Desde a muda de cana que seria plantada. Foi tudo muito rigoroso. Participamos de todo projeto. E hoje a gente fala, só não cortamos cana, o resto a gente faz tudo”, cita Regilene.

Édson de Oliveira Fraga é marido de Renata, e também ajuda a família no empreendimento. Durante nossa gravação no local, ele realizava o atendimento dos visitantes que chegavam ao alambique e também nos serviu as cachaças vencedoras dos concursos, para experimentação.

“A gente fica muito satisfeito né, de saber que elas vão dar continuidade no que eu ‘tô’ fazendo. Elas sabem, têm diploma de técnico em cachaça. Só não cortam a cana, mas o resto, elas fazem de tudo”, brincou Sr. Antônio Renato.

Homenagem para a mãe delas

O nome Dona Diva foi uma homenagem à esposa de Sr. Antônio, que incentivou a família na construção do alambique. Mas, infelizmente, ela não conseguiu ver o projeto concluído. Com o nome de como a mãe era conhecida, a família sentiu que a homenagem foi a escolha certa.

“Ela como maior entusiasta do projeto, maior incentivadora. Durante a construção, ela ficou doente e faleceu, então ela não chegou a ver todo o projeto concluído. E aí não tinha como ser outro nome que não fosse a Dona Diva, como ela era conhecida. Então, além de realizar o sonho do meu pai, virou uma homenagem pra minha mãe também”, disse Renata.

Foto: Divulgação Alambique

Três cachaças premiadas

São três cachaças do Alambique Dona Diva premiadas, nos dois primeiros concursos em que a marca participou. A Cachaça Dona Diva Extra Prêmio recebeu ouro no Concours Mondial de Bruxelles, enquanto as Cachaças Dona Diva Prata e Ouro conquistaram bronze e ouro, respectivamente, em concurso realizado pelo Governo de Minas, através da Emater. Veja:

🏅Ouro no Concours Mondial de Bruxelles
🏅Ouro – Cachaça Envelhecida de Minas Gerais
🏅Bronze – Cachaça Prata de Minas Gerais

Todo concurso é as cegas, ou seja, a Dona Diva se destacou em meio as centenas de participantes. “As amostras são enviadas para a comissão julgadora, que se reúnem e escolhem. Na de Bruxelas foram 467 amostras, todas experimentadas às cegas. E no concurso da Emater foram 247 cachaças”, relata Renata.

Foto: Terra do Mandu

“Claro que a gente tinha uma esperança muito grande que a gente ia ganhar, porque a gente acredita, a gente sabe a qualidade do nosso produto, a gente sabe o que a gente produz aqui. Mas quando você vê que você realmente ganhou, é incrível. É uma emoção que a gente não imaginava mesmo que ia ter. E uma em seguida da outra, porque os três prêmios foram em uma semana. Foi pancada pro coração”, completa Regilene.

“Saber da qualidade, trazer o nome da nossa mãe estampado nesse rótulo e levar o nome de Pouso Alegre aí pro mundo inteiro, é muito importante, é muito significativo”, diz Regilene

Primeiro alambique 100% elétrico no país

Um novo alambique, 100% elétrico, está sendo implantado pelas irmãs na propriedade. De acordo com Regilene, é o primeiro modelo no Brasil. “Tem outros alambiques movidos a energia solar, mas metade elétrico, metade vapor. O nosso é 100% elétrico”, disse ela, apresentando o alambique parte por parte.

O primeiro alambique da família, movido à vapor, segue hoje em exposição junto aos novos destiladores. “Mesmo a gente tendo comprado equipamento novo, a gente deixou ele aqui para que as pessoas vejam como funcionava antes. E uma memória também, porque começou com ele, nós não vamos desfazer dele não, vamos deixar ele bonitinho aqui”, enfatiza Regilene.

As cachaças Dona Diva estão à venda nos principais supermercados de Pouso Alegre e no site. O telefone para contato e marcação de visitas é o (35) 99929-5111.

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