Homem acusado de matar companheira a facadas é julgado em Itajubá

Bruno Alexandre Campos de Paula é acusado de matar Fernanda Monferino em novembro de 2023. Crime aconteceu na frente da filha dela, de cinco anos.

Nayara Andery / 03 dezembro 2025

Tribunal de Justiça de Itajubá realiza júri de assassinato de Fernanda. Imagem cedida pela família e de redes sociais.

Bruno Alexandre Campos de Paula, de 33 anos, acusado de matar a companheira a facadas é julgado em Itajubá, nesta quarta-feira (03/12). O Tribunal do Júri analisa a acusação de homicídio quadruplamente qualificado.

O julgamento começou por volta de 9h. A vítima é Fernanda Rocha Monferino, de 30 anos, morta com cerca de 25 facadas, na casa no bairro Boa Vista, em Itajubá.

O crime aconteceu em 19 de novembro de 2023, na frente da filha dela. A menina tinha cinco anos. Fernanda deixou dois filhos.

A polícia recebeu a denúncia de briga de casal. Ao chegar na casa, encontrou Fernanda morta e Bruno, caído no chão, com uma faca enfiada no peito. A informação é que ele teria tentado se matar após cometer o crime. Ele foi operado, ficou na UTI e posteriormente foi preso.

A família de Fernanda espera justiça. A mãe dela é um das testemunhas convocadas para depor no Júri e chegou ao salão do júri às 8h30.

Segundo os advogados do réu, Angelo Antônio Salomon Adami e Gleydston Lopes, o julgamento é de homicídio com quatro qualificadoras, motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Segundo Adami, na época do crime, o feminicídio era uma qualificadora do crime de homicídio, ou seja, um fator se a vítima assassinada fosse mulher. “Desde 2024, o feminicídio é crime autônomo”, previsto na Lei nº 14.994/2024.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais respondeu ao Terra do Mandu que o julgamento segue em sigilo de justiça. As informações só serão repassadas pelo TJMG ao final do júri.

Uma pessoa que está no local e não será identificada nesta reportagem, contou que o acusado começou a prestar depoimento no fim da tarde. Em seguida o promotor apresenta a análise do Ministério Público sobre o caso. A informação é que júri pode se estender até depois de 22h.

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