Um duplo arco-íris marcou o casamento de Liliane Márcia Secco e Antônio Claret Pereira de Souza, após 25 anos de namoro. Dois anos por orelhão. Eles se casaram em Pouso Alegre, mas pouco antes, um temporal fez o casal ter medo de não subir no altar para realizar esse sonho.
A cerimônia ao ar livre, em 20 de setembro, não contava com a força da natureza. Liliane conta que planejou cada detalhe para o dia mais especial da vida dela. “Fiz 98% da decoração sozinha, peguei flores na natureza, montei os arranjos. Só o bolo que não fiz. Minha irmã Darci, também me ajudou muito no casamento.”
O noivo estava no altar esperando a noiva chegar, quando o céu fechou. Liliane saia de casa, quando o irmão teve que parar o carro antes de chegar na MG-290. Ela lembra que “trovejava e o tempo estava muito fechado, não tinha o que fazer.”
De um lado ela com medo de não chegar na cerimônia. Do outro, o noivo via os convidados saírem do local em busca de abrigo da chuva. “Tive medo dela não chegar, de não ter casamento, era uma chuva! Falei, meu Deus ajuda. Imagina o noivo nervoso, vendo todo mundo sair.”
A chuva parou e Liliane conseguiu chegar. Nesse momento, veio a surpresa. Todos viram um duplo arco-íris no céu, sob os noivos. “Um milagre depois de tudo o que aconteceu. Sentimos que Deus e os nossos pais falecidos (os dele e o pai dela) abençoaram nossa união”, diz o casal.
Dias depois do casamento, eles receberam mensagens e fotos dos convidados, que registraram o duplo arco-íris. Liliane detalha que as pessoas comentaram pelo arco-íris ter aparecido durante toda a cerimônia, até o momento dos votos. “Foi uma coisa única. É algo que você não planeja. Aconteceu natural, espontâneo.”
Amor resistiu às décadas e à distância
Essa é a história de um amor que resiste ao tempo e enfrentou a distância. Liliane é diarista e fez 46 anos em 30 de setembro. Antônio é caminhoneiro e fez 60 anos, em 5 de setembro. Quando se conheceram, ela morava no em Foz do Iguaçu (PR) e ele em Pouso Alegre (MG).
“Ele era motorista de ônibus e eu estudava. Conheci ele, começamos a namorar. Era muito difícil um longe do outro e na época o cartão de orelhão acabava rapinho”.
Antônio lembra que as filas no orelhão eram grandes. “Tinha que ficar esperando. E o pessoal ainda tinha malandragem de colocar uma cordinha na ficha (para ficar mais tempo na ligação).”
Depois de dois anos, eles combinaram de morar juntos. A família cresceu ao longo dos anos. São três filhos e três netos contando com o que está para nascer. Em casa, eles moram com três gatos.
Algo ainda faltava, o casamento, conta Liliane. “Acho que toda mulher tem esse sonho de se casar, se vestir de noiva. A gente ia fazer as bodas de 25 anos de namoro, mas preferimos já fazer o casamento.”
Segundo Antônio, a receita para uma união duradoura e sólida tem que ter muito amor e companheirismo. “Tem que o homem respeitar a mulher e vice-versa, valorizando o outro. E nunca esquecer do 1º encontro. Ela é minha princesa.”