Vigilância Sanitária atende 174 denúncias em 2025 e explica fiscalizações em PA

Supermercados são alvo de 74% das denúncias em Pouso Alegre. Tem até rato andando em prateleira de alimentos. Fiscalização é contínua.

Nayara Andery / 25 setembro 2025



A Vigilância Sanitária de Pouso Alegre atendeu 174 denúncias entre janeiro e agosto de 2025. Em 74% dos casos há irregularidades em supermercados. Um vídeo mostra um rato caminhar entre embalagens de feijão na prateleira de um supermercado.

Fiscais autuaram recentemente um estabelecimento que tentou esconder carne no banheiro, para tentar driblar a fiscalização. Alguns supermercados tiveram interdições parciais ou total desde agosto.

O caso mais comum, apesar de ser um problema de saúde pública, são fezes de roedores. Tem sujeira e fezes de animais perto de prateleiras, áreas de manuseio de alimentos e em estoques, longe dos olhos dos consumidores.

Os problemas encontrados variam. São falta de higiene, problemas no armazenamento de produtos e alimentos, manter fora da temperatura adequada alimentos que têm que ser resfriados, entre outros.

Primeiro a Vigilância orienta e acompanha se a empresa se adequou às normas exigidas por lei. Casos com risco iminente à saúde têm fiscalização mais severa. Todas empresas têm um prazo para solucionar o problema. Se o risco persistir, o local é notificado e pode ser até interditado.

O trabalho da Vigilância tem sido comentado nas redes sociais, como se fosse algo novo. Mas as fiscalizações são rotina nas atividades da Vigilância Sanitária.

O setor tem 36 fiscais. As inspeções são realizadas pela Vigilância Sanitária e em ações conjuntas com Procon e Ministério Público.

O objetivo é garantir mais segurança à população nas empresas e em eventos que envolvam alimentação e saúde. As fiscalizações acontecem em empresas, feiras, quermesses e festas ao ar livre com alimentos.

Renata Borges é fiscal e coordenadora da Vigilância Sanitária há 16 anos. “A gente verifica qualidade dos alimentos, interior do estabelecimento, depósito, açougue, padaria, rotisseria, todos elementos.”

Elas explicam que quando um local é interditado, é porque já foi notificado várias vezes. A reabertura parcial ou total só é feita após a regularização.

Consumidores sofrem as consequências de um local que não cumpre as normas sanitárias, enfatiza Renata. “Pode gerar intoxicação alimentar gravíssima, as famosas doenças transmitidas por alimento”.

Ela acrescenta que os sintomas podem surgir de 30 minutos a 3 dias após a ingestão de um alimento contaminado ou com armazenagem fora das recomendações no estabelecimento que vendeu.

Como denunciar

A denúncia pode ser feita por qualquer pessoa que constatou alguma irregularidade em estabelecimentos alimentícios ou de saúde. Renata explica como denunciar.

“Entrar em contato com a Vigilância Sanitária pelo pousoalegre.mg.gov.br, na aba autoatendimento, procura Vigilância Sanitária e Denúncia. A denúncia pode ser anônima, que nem nós temos acesso a quem denunciou ou identificada, que a pessoa vai ter o retorno dos atendimentos.”

Os canais de contato também são o (35) 3449-4012 e a Vigilância Sanitária, na Secretaria de Saúde, na Rua Comendador José Garcia, 280, Centro. Imagens das irregularidades ajudam na denúncia.

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