Bombeiros apagam quase 200 queimadas de agosto a setembro na região de Pouso Alegre
Número alto dificulta atendimentos. De 1º a 15 de setembro, o total de queimadas chega perto do índice de todo o mês de agosto.
Nayara Andery / 18 setembro 2025Número alto dificulta atendimentos. De 1º a 15 de setembro, o total de queimadas chega perto do índice de todo o mês de agosto.
Nayara Andery / 18 setembro 2025O número alto de queimadas na região dos 20 municípios atendidos pelos bombeiros de Pouso Alegre dificulta o trabalho da corporação. São 181 ocorrências de queimadas em 45 dias, de 1º de agosto a 15 de setembro.
A demanda intensa para combater incêndios florestais em diversas áreas, afeta socorros e atendimentos em geral. Atear fogo em áreas urbanas ou rurais é crime ambiental, com pena de prisão e multa.
Pesquisa dos bombeiros feita a pedido do Terra do Mandu, aponta dados e tipos de incêndios florestais nesse período. O estudo não inclui acionamentos em que não é possível ter atendimento dos bombeiros por estarem em outras ocorrências.
Em agosto foram 100 combates à queimadas. E o que mais chama a atenção, é que o só nos primeiros 15 dias de setembro foram 81 atendimentos a essas ocorrências, valor que quase alcança o total de agosto.
A incidência maior é aos sábados, quando os bombeiros combatem em média, sete queimadas por dia. O capitão Guilherme Cantele, dos bombeiros, acredita que isso ocorre por “provavelmente por essas pessoas que ateiam fogo em matas e terrenos estarem mais em casa no final de semana”.
O incêndio mais comum é em pastagens, são 71 atendimentos nesse período. Depois são incêndios em áreas urbana não protegida (33), em lote vago na zona urbana (29), às margens de rodovia (26), em área rural não protegida (18), em propriedade rural particular (2), em Unidade de Conservação (1) e em área de reflorestamento (1).
A sede da 7ª Cia de Bombeiros em Pouso Alegre atende parte da região do Sul de Minas. Além da alta demanda, o deslocamento também influencia no tempo para atendimento em outros municípios.
Isso pode fazer um incêndio se propagar e atingir uma área ainda maior. É importante acionar os bombeiros pelo 193 assim que ver uma queimada começar.
Capitão Cantelle salienta que ocorrências de queimadas podem levar horas de trabalho até o fogo ser extinto, isso sem contar os locais de difícil acesso, que ampliam a dificuldade do atendimento.
Os bombeiros se colocam em risco para combater as chamas, muitas vezes por terem que ter contato muito próximo do fogo. Eles buscam reduzir os impactos que as queimadas causam para a população, fauna, flora e imóveis.
Áreas grandes têm sido consumidas pelo fogo na região. A queimada em um terreno do bairro Bela Itália, em Pouso Alegre, se espalhou e chegou ao redor de casas, no último sábado (6/9).
Mais de 20 moradores saíram das residências por conta da fumaça e medo dos imóveis serem atingidos. Veículos foram retirados do local.
O fogo destrói animais, ecossistemas e coloca vidas humanas em risco. Uma das imagens registradas pelos bombeiros, mostra uma cobra morta queimada num incêndio florestal.
Cobra morre queimada em incêndio florestal na região de Pouso Alegre. Imagem 7ª Cia CBMMG.
A origem das queimadas geralmente é criminosa. Para que os responsáveis sejam presos e punidos, é necessário que a população denuncie. Fotos e vídeos ajudam a provar o crime e identificar os envolvidos.
As denúncias devem ser feitas pelos telefones 193 (Bombeiros), 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque Denúncia). É possível enviar imagens, localização e áudios de denúncias pelo Emergência MG, no MG App e emergencia.mg.gov.br.
Incêndio de grandes proporções ao redor de casas faz moradores saírem de imóveis
Fogo destrói área no Sul de Minas. Imagem 7ª Cia CBMMG.
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