
Delegacia de Polícia Civil de Pouso Alegre – Iago Almeida
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu um inquérito para investigar o médico suspeito de atirar por seis vezes contra a sede da PM Rodoviária e Ambiental em Pouso Alegre, no Sul de Minas. O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (15/9), por volta de 4h47.
De acordo com a Polícia Civil, o homem, que também é oficial da reserva do Exército Brasileiro, vai responder por quatro crimes: porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dano ao patrimônio público e resistência.
Ainda segundo a nota da PCMG, o investigado estava utilizando uma arma com registro vencido e de uso restrito. A PCMG representou pela prisão preventiva do suspeito e o inquérito policial segue em tramitação. “As investigações seguem em andamento. Mais informações serão divulgadas somente após a conclusão do procedimento”, disse a nota.
Foto: Magson Gomes/Terra do Mandu
Como tudo aconteceu?
Os disparos de arma de fogo danificaram totalmente a porta de vidro e atingiram a divisória da recepção, além da sala do policiamento ambiental. Foram pelo menos seis disparos. No momento dos disparos, nenhum policial estava no local.
Câmeras de monitoramento da Prefeitura ajudaram a polícia a identificar o veículo e o autor. A PMRv foi até a casa do homem, no bairro São João, onde o prendeu com o revólver Taurus Cal 357 Magnun.
A prisão foi por volta de 6h50. Ele alegou insatisfação com uma atuação da Policia Militar e por isso disse que foi até o quartel mais próximo de sua casa, para efetuar o disparo na porta. A PMRv não informou qual seria a atuação da PMMG que teria deixado o homem “insatisfeito”.
O homem alegou que comprou o armamento quando ainda servia o Exército no ano de 2024. Ele teria saído no mês de fevereiro de 2025, segundo ele, e estava atualmente na Arteris Fernão Dias, atuando como médico socorrista. O carro dele e a arma foram apreendidos e o homem preso.
Arteris diz que tomará medidas legais
Por meio de nota, a Arteris Fernão Dias disse que tomou conhecimento da ocorrência policial, envolvendo um médico de uma empresa terceirizada que atua em uma de suas bases operacionais. A concessionária afirmou que não tolera atitudes de colaboradores, sejam diretos ou indiretos, que não estejam em conformidade com a lei e suas diretrizes.
“Reiteramos nosso compromisso inegociável com a ética, o respeito e a segurança que permeiam os serviços prestados”, diz a nota. A Arteris informou ainda que o profissional estava fora do horário de trabalho no momento do ocorrido e que tomará todas as medidas legais cabíveis, além de colaborar integralmente com as autoridades para que os fatos sejam esclarecidos.
Confira a nota na íntegra:
“A Arteris Fernão Dias informa que tomou conhecimento da ocorrência policial registrada na madrugada de segunda-feira (15), envolvendo um médico de uma empresa terceirizada que atua em uma de nossas bases operacionais.
A concessionária não tolera atitudes de colaboradores, sejam diretos ou indiretos, que não estejam em conformidade com a lei e suas diretrizes. Reiteramos nosso compromisso inegociável com a ética, o respeito e a segurança que permeiam os serviços prestados.
Ressaltamos que o profissional estava fora do horário de trabalho no momento do ocorrido. A Arteris Fernão Dias tomará todas as medidas legais cabíveis, além de colaborar integralmente com as autoridades para que os fatos sejam esclarecidos”.